Alckmin não descarta envolvimento de PMs em chacina; jovens não tinham passagem policial

A polícia ainda não tem pistas sobre os responsáveis pela chacina do último sábado (19) em Carapicuíba, na Grande São Paulo. O crime deixou quatro jovens mortos: eles eram entregadores de pizza e conversavam em frente ao local de trabalho.
De acordo com uma testemunha, um carro escuro com quatro homens parou diante do estabelecimento quando veio a ordem para que deitassem no chão. Um dos ocupantes do veículo começou a disparar: foram mais de vinte tiros.
As vítimas eram: Douglas Bastos Vieira e Mateus Santos, os dois de 16 anos; José Carlos do Nascimento, de 17, e Carlos Eduardo de Souza, de 18. Ninguém tinha passagem pela polícia.
Os corpos dos rapazes foram enterrados, neste domingo, no Cemitério Municipal de Carapicuíba. Emocionados, amigos e parentes aplaudiram os corpos que chegavam ao velório coletivo realizado no Teatro Fuca, próximo ao local do crime.
O governador Geraldo Alckmin ressalta que nenhuma hipótese pode ser descartada, ao comentar sobre o possível envolvimento de policiais.
“Eles (investigadores) já estão debruçados em pegar os criminosos e esclarecer as motivações desse crime. Nós não descartamos nada porque investigação deve ser ampla, mas não tem nenhum fato que justifique isso (envolvimento de policiais)”, avliou o governador.
O governador afirma que telefonou para o secretário da segurança pública, Alexandre de Moraes, e pediu rapidez na apuração do crime. A Polícia vai usar, na investigação, as imagens de três câmeras de segurança, instaladas em imóveis vizinhos à pizzaria.
No dia 13 de agosto, 18 pessoas foram mortas e sete ficaram feridas em ataques nas cidades de Barueri e Osasco, vizinhas a Carapicuíba.
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