Alckmin usa discurso de posse para criticar aparelhamento, corrupção e assistencialismo no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 01/01/2015 13h19
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O político foi acompanhado pela esposa Zanone Fraissat/Folhapress Geraldo Alckmin assume quarto mandato como governador de São Paulo

Se o pronunciamento no primeiro discurso no cerimonial de posse na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (01) foi absolutamente técnico, o segundo – no Palácio dos Bandeirantes – foi de cunho político e evidenciou a importância da reeleição de Geraldo Alckmin em São Paulo como ferramenta de poder político do PSDB em oposição ao governo federal do PT.

O governador fez críticas ao aparelhamento do Estado e a necessidade de o Brasil “se livrar da máquina corrupta”. Para Alckmin, é preciso tomar medidas práticas para lidar com a questão em diferentes fases, da prevenção à punição.

“Temos que dar o exemplo, prevenir e punir. Não há outra receita para combater a corrupção e o desperdício”, declarou.

Ele também enfatizou que o povo paulista repudia o aparelhamento da máquina pública. Falou em ser “repugnante a prática política que transforma o estado num clube”.

O mandatário paulista criticou ainda mais o governo do PT ao explicar como as políticas públicas devem ser aplicadas aos mais necessitados. Para ele, a relação entre Estado mínimo e Estado intervencionista deve ser equilibrada e não extremista.

Em seu discurso, Alckmin deu a entender que o papel do Estado é dar dignidade aos que mais precisam e não mantê-los sob assistencialismo. “Defendemos e praticamos o Estado necessário”, pontuou ele. E continuou: “Aquele que sem tomar o lugar do indivíduo tenha musculatura necessária para resgatar a dignidade dos que mais precisam”.

O governador falou da Constituição Federal de 1988 quando reforçou o conceito de democracia. Disse que atropelar o documento que rege o país pode “implicar em praticar novas injustiças”.

“O Brasil pode avançar e São Paulo tem dado mostras cabais disso, sem ferir os fundamentos democráticos e de Direto”, afirmou inclusive citando a necessidade de ser ter uma imprensa livre para a manutenção da democracia.

Alckmin citou em tom otimista a crise hídrica que São Paulo enfrenta. Para ele, o povo tem dado demonstrações de que com união é possível superar o problema. “A participação da população no enfrentamento da crise da água comprova que a união é a força da São Paulo”, disse exemplificando que todos em unidade podem eliminar outros problemas.

Além de citar realizações do governo e promessas de campanha, Alckmin apostou na emoção desde o começo de sua fala. Como já era esperado, mencionou novamente [já havia feito isso no primeiro discurso] o ex-governador Mário Covas. Alckmin foi vice de Covas em seu último mandato, até a morte em 2001. “Desde 1995 lutamos para transformar os sonhos dos paulistas em realidade”, falou. O PSDB está há 20 anos no poder no estado de São Paulo.

 

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