Aldo Rebelo aposta em retomada do crescimento dentro de um ano

  • Por Agência Brasil
  • 16/09/2015 15h02
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Entrevista exclusiva do ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo à Agência Brasil (Wilson Dias/Agência Brasil) Wilson Dias/Agência Brasil Entrevista exclusiva do ministro da Ciência

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, disse nesta quarta-feira (16) que é passageira a atual fase de resultados negativos do Produto Interno Bruto (PIB) e previu para daqui a um ano, a retomada do crescimento econômico brasileiro. O PIB é a soma das riquezas geradas no país em um determinado período.

Segundo o ministro, para sair da estagnação, será necessário o sacrifício de mais aperto monetário. Sobre as medidas de ajuste fiscal, Aldo Rebelo afirmou que, mesmo sem consenso dos parlamentares no Congresso Nacional, a base governista conseguirá convencer a maioria a apoiar as propostas.

O ministro fez a projeção em rápida entrevista à imprensa, logo após participar do 1º Congresso Brasileiro da Indústria de Máquinas e Equipamentos, que ocorre na sede da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), na zona sul da zona sul da cidade.

Em sua análise, a necessidade de redução de gastos públicos não implicará atraso tecnológico, nem danos à competitividade da indústria brasileira, embora o governo tenha de reduzir os financiamentos a bolsistas para as pesquisas de ciência, de tecnologia e inovação.

“Nenhum pesquisador que já havia contratado com o CNPq [Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico] deixará de receber os seus recursos, mas as novas bolsas talvez não tenham o mesmo volume que teríamos em uma situação de normalidade. Isso será coisa de um ano, no máximo. Depois o país volta a recuperar o crescimento e os investimentos na área de ciência, pesquisa e inovação”, afirmou o ministro.

Questionado se não estaria sendo otimista demais ao prever tão curto prazo para o Brasil voltar a crescer, Aldo Rebelo respondeu: “Não tenho nenhuma obrigação de ser pessimista, mas respeito os pessimistas”. Ele lembrou que, quando estava no Ministério do Esporte e eram executadas as obras de preparação para a Copa do Mundo, houve descrença da capacidade de o país realizar os jogos. “E o Brasil fez a Copa. O mundo admirou a organização da Copa, e alguns até querem copiar o modelo.”

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