Além de crise na China, ex-ministro da Fazenda avalia economia brasileira: “só vai bem, se a política for bem”

  • Por Jovem Pan
  • 25/08/2015 08h58
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BRASÍLIA, DF, BRASIL, 23-05-2011, 14h50: Da esq. para a dir., Rubens Ricupero, Sarney Filho, José Carlos Carvalho, Marina Silva e Carlos Minc durante entrevista na Câmara dos Deputados. Dez ex-ministros do Meio Ambiente se uniram nesta segunda-feira contra o texto da reforma do Código Florestal que deve ser votado amanhã (24) pela Câmara. Em carta aberta à presidente Dilma Rousseff e ao Congresso, o grupo diz que a proposta a ser analisada significa um retrocesso na política ambiental brasileira, que foi "pioneira" na criação de leis de conservação e proteção de recursos naturais. Assinaram o texto: Marina Silva (PV), Carlos Minc (PT), Sarney Filho (PV), Rubens Ricupero (sem partido), José Carlos Carvalho (sem partido), Fernando Coutinho Jorge (PMDB), Paulo Nogueira Neto (sem partido), Henrique Brandão Cavalcanti (sem partido), Gustavo Krause (DEM), José Goldemberg (PMDB). (Foto: Marcelo Camargo/Folhapress, 5163, PODER) Marcelo Camargo/Folhapress Ex-ministro da Fazenda

As principais bolsas asiáticas seguem nesta terça-feira (25) uma tendência mista (queda e alta), apesar de Xangai continuar a registrar forte queda. Nesta segunda (24), a Bolsa de Xangai registrou a maior queda diária em mais de oito anos, 8,49%. Nesta terça, a bolsa chinesa apresentou desvalorização na abertura da sessão, 6,41%.

Em entrevista a Jovem Pan, o embaixador e ex-ministro da Fazenda, Rubens Ricupero, disse que o necessário é saber qual a profundida da crise chinesa. “A China é um mistério. Ninguém tem muita certeza do que ocorre. Ninguém pode acreditar se já cresceram ou se caíram. Não é uma política muito transparente”, afirmou.

Segundo ele, houve um certo alívio na Europa, mesmo com a queda da Bolsa de Xangai. Ricupero ressalta ainda que o Governo chinês esboça uma reação que apontam um “desejo de recuperação da economia”.

Em relação a economia brasileira, a forte queda na bolsa de Xangai é “uma péssima notícia”. “Infelizmente, nosso maior mercado que é a China, está nesta incerteza e isso se espalha pelo mundo”, lamentou.

Ricupero ressaltou que, a médio prazo, a desvalorização da moeda chinesa prejudica os manufaturados brasileiros”. “Mas a curto prazo, o que o Brasil poderia vender e está vendendo, são as commodities”, completou.

Política e economia brasileiras

Independente da China, o Brasil já sofre com a recessão econômica e, de acordo com o ex-ministro da Fazenda, isso se dá a uma conjuntura política.

Para ele, a “economia só vai bem, se a política for bem”. Questionado sobre até quando a crise econômica pode se estender, Ricupero destacou o quadro político desfavorável. “Como existem muitos problemas internos no Brasil, isso agrava as coisas. No Governo Lula não havia um quadro político tão desfavorável”, disse.

Rubens Ricupero ressaltou ainda que o cenário político era ainda melhor na época em que ele era ministro da Fazenda: “isso era totalmente diferente”.

*Ouça a entrevista completa no áudio acima

Banco Popular da China

O Banco Popular da China (Banco Central) investiu hoje 150 bilhões de yuan (cerca de 20,3 bilhões de euros) para aumentar a liquidez do sistema financeiro do país.

Em comunicado divulgado pela agência de notícias oficial Xinhua, o Banco Central disse que a medida é necessária pela redução da liquidez no mercado, causada pela desvalorização do yuan.

Essa é a maior intervenção do Banco Central chinês no sistema financeiro nacional, entre as operações realizadas diretamente no mercado desde janeiro do ano passado, e supera a aplicação de 16,4 bilhões de euros da semana passada.

Também na semana passada, o Banco Central disponibilizou 14,7 bilhões de euros a 14 bancos por meio de serviços de empréstimos com prazo de seis meses.

Bolsas asiáticas

A Bolsa de Tóquio, que abriu com perdas de quase 2% e chegou a cair mais de 4% momentaneamente, acabou se recuperando, fechando, no meio da sessão, em alta de 1,10%.

Hong Kong, apesar de Xangai e da vizinha Shenzhen terem aberto em baixa, assim como Tóquio, abriu em alta.

No Sudeste Asiático, a Indonésia liderava os ganhos e o Vietnam as perdas.

Os mercados financeiros da Malásia, das Filipinas e do Vietnam negociavam em baixa na abertura, enquanto os de Cingapura, da Tailândia e Indonésia abriram em alta.

*Com informações de Agência Brasil

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