Alemanha alerta que pena de morte interromperia diálogo entre Turquia e UE

  • Por Estadão Conteúdo
  • 18/07/2016 09h32
TOL11 ESTAMBUL (TURQUÍA) 23/05/2016.- Fotografía facilitada por la oficina de prensa turca de la presidencia que muestra al presidente de Turquía y anfitrión de la cumbre, Recep Tayyip Erdogan (d) y a la canciller alemana, Angela Merkel (i), durante la Cumbre Humanitaria de la ONU que se celebra en Estambul, Turquía hoy, 23 de mayo de 2016. EFE/- SÓLO USO EDITORIAL/PROHIBIDA SU VENTA EFE Merkel e Erdogan

A eventual reintrodução da pena de morte na Turquia, possibilidade considerada pelo governo de Ancara, irá levar ao fim das negociações para a entrada do país na União Europeia, afirmou, nesta segunda-feira (18), o porta-voz da chanceler alemã, Angela Merkel.

“Um país que tenha pena de morte não pode ser membro da UE”, disse o porta-voz Steffen Seibert, durante coletiva em Berlim, “a implementação de pena de morte na Turquia significaria, desta forma, o fim das conversas sobre a filiação” (do país ao bloco), acrescentou.

Seibert também criticou a resposta do governo turco à frustrada tentativa de golpe lançada por militares, na última sexta-feira (15). Segundo o secretário, houve “cenas revoltantes de vingança” contra soldados nas ruas da Turquia e a abrupta demissão de milhares de juízes no fim de semana “levanta graves questões e preocupações”.

Seibert, no entanto, disse que os eventos dos últimos dias não afetarão o acordo do país com Bruxelas para limitar o fluxo de refugiados para a Europa, acerto do qual Merkel depende para reduzir o número de pessoas que pedem asilo na Alemanha, “o acordo sobre refugiados entre a UE e a Turquia será, por enquanto, visto de forma separada dos eventos do fim de semana”.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.