Alemanha comemora 25 anos das manifestações que precederam à queda do muro

  • Por Agencia EFE
  • 09/10/2014 11h54

Berlim, 9 out (EFE).- O presidente da Alemanha, Joachim Gauck, lembrou nesta quinta-feira em um ato festivo realizado em Leipzig (leste do país) o 25º aniversário da revolução pacífica que precedeu à queda um mês mais tarde do Muro de Berlim.

“Aqui e agora dizemos bem alto e mais uma vez: sem o dia 9 de outubro não teria havido o 9 de novembro. Antes da unidade, chegou a liberdade”, afirmou Gauck em seu “Discurso sobre a democracia”.

O chefe do Estado alemão falou, além disso, “da experiência de ansiar a liberdade e da satisfação de havê-la conseguido”, ao homenagear as mais de 70 mil pessoas que foram para as ruas de Leipzig em 9 de outubro de 1989 sob o lema de “Nós somos o Povo” para exigir liberdade e democracia.

Durante o ato, que contou com a presença dos chefes de Estado da Polônia, Bronislaw Komorowski; Hungria, Janos Ader; República Tcheca, Milosz Zeman; e Eslováquia, Andrej Kiska; Gauck honrou também os cidadãos da República Democrática Alemã (RDA) que optaram por deixar o país.

Durante a cerimônia, Gauck se referiu às injustiças na Alemanha Oriental.

Segundo o presidente, “a RDA não era um Estado de direito, existia uma arbitrariedade que dominava o país”, não havia uma justiça independente e reinava um clima de impotência.

“Com frequência, só o fato de falar abertamente era muito arriscado”, acrescentou Gauck, membro de fundação do chamado Novo Fórum, movimento nascido com a revolução pacífica que em 1989 precipitou a queda do Muro de Berlim.

O presidente alemão, que de sua posição de teólogo e pastor participou como muitos representantes da igreja na Alemanha Oriental na oposição ao comunismo, quis lembrar, além disso, o “importante papel das igrejas e dos cristãos nesses momentos”.

As manifestações da segunda-feira em Leipzig tiveram seu ponto de partida na Igreja de São Nicolás. EFE

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