Alemanha dá primeiro passo para espionar conversas por apps de mensagens

  • Por EFE
  • 14/06/2017 16h01 - Atualizado em 29/06/2017 00h23
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São Paulo- SP- Brasil- 17/12/2015- Por decisão judicial, as operadoras de telefonia móvel foram obrigadas a bloquear pelo período de 48 horas, em todo o Brasil, o aplicativo de troca de mensagens Whatsapp. A medida foi determinada pela 1ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo (SP), na tarde de ontem (16/12) e está sendo cumprida desde a 00:00 desta quinta-feira (17/12). Foto: Allan White/ Fotos Públicas Allan White/ Fotos Públicas WhatsApp

A Alemanha deu nesta quarta-feira o primeiro passo para poder espionar as comunicações de suspeitos de terrorismo enviadas por aplicativos de mensagens como o WhatsApp e o Telegram, algo que até o momento não era legalmente possível.

Uma conferência que reúne o ministro do Interior e os responsáveis pela pasta nos 16 estados federados do país acertou hoje na cidade de Dresden, por unanimidade, ampliar as possibilidades de interceptação de mensagens enviadas por pessoas classificadas como “perigosas”. Até o momento, a ação dos agentes era limitada a e-mails e SMS.

“As autoridades devem estar em disposição legal e técnica de poder intervir nessas mensagens e avaliá-las”, afirmou o ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, em coletiva de imprensa.

O acordo firmado hoje deve se transformar nas próximas semanas em uma reforma das leis que regulam o acompanhamento de suspeitos por parte das forças de segurança.

Segundo dados do Escritório Federal de Investigação Criminal (BKA) informados hoje, cerca de 70% das mensagens classificadas como relevantes pelas forças de segurança são enviadas por esse tipo de aplicativo de smartphones.

Na reunião, a primeira desde o atentado jihadista de dezembro do ano passado em Berlim, também foi acertada uma maior colaboração e coordenação entre os diferentes serviços de inteligência regionais.

A investigação sobre o ataque evidenciou erros de comunicação entre as autoridades regionais porque o autor, o tunisiano Anis Amri, já era conhecido pelas forças de segurança. 

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