Alemanha lança projeto pioneiro para tratar jovens pedófilos

  • Por Agencia EFE
  • 05/11/2014 13h59
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Berlim, 5 nov (EFE).- O Hospital Charité em Berlim lançou nesta quarta-feira um projeto pioneiro em nível mundial para evitar, mediante um diagnóstico precoce e tratamento psicológico, que adolescentes e jovens com tendências a pedófila cometam atos de violência sexual.

A ministra Família, Idosos, Mulheres e Juventude da Alemanha, Manuela Schwesig, assistiu em Berlim à apresentação deste programa, que reforça o lançado pela mesma instituição em 2005 para adultos.

“O tratamento aos potenciais infratores é a melhor proteção”, declarou ela, que qualificou a iniciativa como “importante marco” dentro da série de medidas que seu ministério está iniciando para “evitar todo tipo de violência sexual contra menores”.

O programa, implementado pelo Instituto de Sexologia do Charité, conta com 700 mil euros (R$ 2.198.117) de financiamento do ministério para os próximos três anos, com os quais poderá realizar 200 diagnósticos e habilitar 100 locais para tratamento.

Klaus Michael Beier, diretor do projeto e presidente do Instituto de Sexologia do Hospital Charité, disse que as finalidades deste programa são “elevar a sensibilidade social sobre este problema” e “ensinar mecanismos de controle” aos seus pacientes.

O foco são os menores de idade de Berlim e outros pontos da Alemanha que são facilmente capazes de reconhecer suas inclinações pedófilas, explicou Beier. A campanha pública desta iniciativa será desenvolvida principalmente na internet.

De acordo com o especialista, aproximadamente, 1% da população tem tendência pedófila e não há motivo para pensar que entre os jovens esta porcentagem seja diferente. Ele estima que em Berlim existam 800 jovens e adolescentes com estas características.

Em 2005, o Charité lançou o programa para captar adultos com tendências pedófilas e ensiná-los a ter controle de seus impulsos. Desde então, mais de dois mil homens se apresentaram voluntariamente, dos quais mais de 400 receberam oferta de tratamento (170 concluíram, 154 estão em tratamento e 84 abandonaram). EFE

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