Alemão de 92 anos responderá a Tribunal de Menores devido a crimes nazistas

  • Por Agência EFE
  • 16/07/2015 15h26
Ex-campo de concentração nazista de Auschwitz, em Oswiecim, na Polônia. 16/04/2015 REUTERS/Lukasz Krajewski/Agencja Gazeta Reuters Ex-campo de concentração nazista de Auschwitz

Um ex-guarda das SS de Adolf Hitler de 92 anos deverá responder ao Tribunal de Menores de Hanau (oeste da Alemanha) por cumplicidade na morte de deportados para o campo de extermínio nazista, cometidos antes de atingir sua maioridade.

A Promotoria de Hanau apresentou hoje formalmente a acusação contra o ex-guarda – que segundo o jornal alemão “Die Welt” se chama Wegen Beihilfe zum Mord -, mais de 70 anos depois do fim da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e da queda do Terceiro Reich.

A acusação se centra em documentos originais e listas de transportes de deportados para Auschwitz, local onde o acusado nunca negou ter servido, embora sem dizer qual tinha sido sua função lá.

O material recolhido pela Promotoria acusa o ex-guarda hitleriano de cumplicidade nas mortes de pelo menos 1.075 presos, que foram transferidos diretamente para as câmaras de gás assim que chegaram ao que foi o maior campo de extermínio nazista, na Polônia ocupada.

A acusação formal foi formulada após as revistas realizadas em fevereiro de 2014 na casa do acusado, um dos 14 suspeitos contra os quais se abriu recentemente processo por crimes do Terceiro Reich.

Neste grupo estava Oskar Gröning, de 94 anos e denominado o “contador de Auschwitz”, que ontem foi condenado a quatro anos de prisão por cumplicidade na morte de 300 mil judeus deportados em meados de 1944 a esse campo nazista.

Trata-se de expoentes de justiça tardia, sustentados na sentença de 2011 a cinco anos de prisão contra o ucraniano John Demjanjuk, que criou a jurisprudência precisa para abrir processos por cumplicidade em crimes do nazismo.

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