Alerta na Inglaterra por alto nível de contaminação atmosférica

  • Por Agencia EFE
  • 03/04/2014 09h44

Londres, 3 abr (EFE).- As autoridades do Reino Unido recomendaram nesta quinta-feira aos moradores do país a não realizarem grandes esforços ao ar livre para evitar problemas causados pelo alto índice de poluição detectados em várias zonas da Inglaterra, incluído Londres.

Tanto o Escritório Meteorológico (MET) como as autoridades de Saúde aconselharam as pessoas que sofrem de asma, doenças de pulmão ou cardiovasculares a evitar sair na rua. Algumas escolas optaram por não deixar os alunos saíram aos pátios.

O primeiro-ministro, David Cameron, confessou no programa “Breakfast”, da “BBC”1, que hoje não deu sua corrida habitual para não inalar gases tóxicos, gerados por uma mistura de gases poluentes do Reino Unido e do continente europeu e uma tempestade de areia do Saara.

“É muito desagradável, se sente no ar”, disse Cameron. O primeiro-ministro brincou e disse que ao invés de fazer esporte, hoje optou por “trabalhar um pouco”.

“É um fenômeno meteorológico que ocorre naturalmente -explicou o chefe do governo-. Soa extraordinário, poeira do Saara, mas é o que é”.

Segundo o Ministério do Meio Ambiente (DEFRA) a poluição só diminuirá amanhã. A pasta advertiu que os níveis de contaminação atingiram o nível 9 (de uma escala de 10) no sudeste e no leste da Inglaterra e nos arredores de Londres.

Além disso, foram previstos altos níveis de poluição do ar no condado central de East Midlands para hoje.

Alguns dos sintomas provocados pela inalação da neblina são ardência nos olhos e dor de garganta.

“Quando os níveis são altos, os adultos e as crianças com problemas de pulmão e os adultos com doenças do coração devem reduzir os esforços físicos, particularmente ao ar livre e sobretudo se sentirem os sintomas”, declarou um porta-voz do Departamento de Saúde Pública, Sotiris Vardoulakis.

A meteorologista Helen Dacre, da universidade de Reading, disse que a alta poluição no ar “causa efeitos desagradáveis e perigosos para a saúde”, tanto a longo como a curto prazo.

“Gases tóxicos como ozônio e dióxido de nitrogênio, finas partículas de pó oriundas do Saara e as da combustão de combustíveis fósseis se juntaram para causar dificuldades para as pessoas com problemas de coração, pulmão e respiratórios como a asma”, afirmou.

Dacre explicou que a poeira do Saara chega ao Reino Unido “várias vezes ao ano”, mas nesta ocasião ela se combinou com uma alta concentração de gases poluentes no ambiente. EFE

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