Aliados da Otan mostram preocupação com aumento de tropas russas na Ucrânia
Bruxelas, 25 mar (EFE).- O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussem, afirmou nesta terça-feira que os integrantes da Aliança estão “muito preocupados” pelo aumento da presença militar russa na fronteira da Ucrânia e disse que estão prontos para uma defesa efetiva.
“Não comentamos os planos de contingência, mas estamos muito preocupados pelo aumento de presença militar da Rússia nas fronteiras da Ucrânia”, disse Rasmussem à imprensa, depois de se reunir com o primeiro-ministro de Montenegro, Milo Djukanovic.
Rasmussen explicou que a Aliança se centra em oferecer “dissuasão efetiva e defesa”.
Em paralelo, o secretário lembrou que também estão no processo de discussão com a Ucrânia sobre como é possível melhorar o apoio ao país.
Questionado sobre o impacto que o comportamento da Rússia pode ter na política de ampliação da Otan, Rasmussen respondeu taxativa que nenhum.
“O comportamento russo não terá nenhum impacto em nossa política de portas abertas. A porta da Otan permanece aberta”, afirmou.
Rasmussen explicou também que, de acordo com o tratado da Otan, a Aliança pode convidar a fazer parte do clube atlântico as democracias europeias que cumpram com os critérios necessários sem interferência de terceiros países.
“É uma questão que devem discutir o país solicitante e a Aliança, portanto se um país cumpre com os critérios necessários e os 28 aliados estão de acordo, então é possível uma ampliação. Nem Rússia nem outro terceiro país pode ter um impacto nisto “, insistiu.
Rasmussen destacou, no entanto, que ainda não tomou uma decisão a respeito de países como Montenegro que avançam no processo de adesão à Otan e à União Europeia (UE).
O primeiro-ministro montenegrino, por sua parte, disse que historicamente mantiveram uma boa relação com a Rússia, mas que não podem ocultar que estão decididos a fazer parte da UE e da tan e muito comprometidos.
“Montenegro é um Estado sério que cumpre com seus compromissos como associado”, sustentou e acrescentou que “sempre advogamos pelo diálogo entre a Otan e Rússia como forma de solucionar os problemas”. EFE
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