Aliança do Pacífico e Mercosul concordam na importância de manter diálogo
Cartagena (Colômbia), 1 nov (EFE).- Os ministros das Relações Exteriores dos países da Aliança do Pacífico e do Mercosul, reunidos neste sábado pela primeira vez, concordaram na necessidade de manter um diálogo entre os dois blocos latino-americanos.
O chanceler mexicano, José Antonio Meade, cujo país tem a presidência da Aliança do Pacífico, disse à imprensa que a reunião que mantiveram hoje na cidade colombiana de Cartagena foi “um sinal claro de irmandade, de boa vontade e de afeto”.
“Concordamos na importância de que este diálogo se preserve, na importância que o diálogo se dê reconhecendo a boa vontade e os objetivos que ambos estamos perseguindo”, expressou Meade.
Já a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, cujo país também é membro da Aliança do Pacifico, e anfitriã do encontro, o definiu como positivo.
“A ideia é abrir um diálogo entre Mercosul e a Aliança do Pacifico”, disse ela.
A ministra acrescentou que a reunião foi uma oportunidade “para que os membros do Mercosul conhecessem em primeira mão o que é a Aliança e quais são os mecanismos que tem”.
“Agora cada um dos grupos se reunirá e discutirá como podemos seguir avançando, se é de avançar, ou simplesmente fazer diálogos periódicos de comunicação”, detalhou.
Por sua vez, o chanceler da Argentina, Héctor Timerman, país que tem a presidência do Mercosul, definiu a reunião como “um diálogo muito interessante” para buscar “pontos comuns” entre os dois blocos.
“Damos as boas-vindas a todo organismo, a toda instituição que busque a integração, o diálogo e o desenvolvimento econômico social e político da América Latina, portanto demos as boas-vindas à Aliança do Pacífico e continuaremos dialogando e buscando pontos em comum”, expressou Timerman.
Participaram encontro em Cartagena pela Aliança do Pacífico, além de María Ángela Holguín e José Antonio Meade, os ministros das Relações Exteriores de seus outros dois membros, o chileno Heraldo Muñoz e o peruano Gonzalo Gutiérrez.
O Mercosul foi representado, além de Timerman, pelos chanceleres do Brasil, Luiz Alberto Figueiredo; Paraguai, Eladio Ramón Loizaga; Uruguai, Luis Almagro, e Venezuela, Rafael Ramírez.
Como convidado especial participou o vice-ministro de Comércio Exterior e Integração da Bolívia, Walter Endara Vega, já que esse país é associado ao Mercosul e está em processo de adesão plena. EFE
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