Aliança do Pacífico é modelo para os emergentes,diz estudo

  • Por Agencia EFE
  • 13/03/2014 20h43

Washington, 13 mar (EFE).- A Aliança do Pacífico, formada pelo México, Colômbia, Peru e Chile, constitui um modelo para os mercados emergentes no mundo todo, segundo um estudo da Fundação Bertelsmann apresentado nesta quinta-feira em Washington.

O estudo batiza os quatro países como “Pumas do Pacífico”, um paralelismo com os “tigres” asiáticos, como foram caracterizados Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan, os quais experimentaram um extraordinário crescimento e desenvolvimento na década de 1990.

O relatório considera os “Pumas do Pacífico” como “modelo em alta para os mercados emergentes” em nível global.

“O crescimento dos Pumas foi sólido e consistente (…) com uma taxa média de expansão de 4,6% desde 2005, comparável à registrada pela Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) que foi de 4,4%”, indicou Samuel George, autor do estudo.

Os embaixadores do Peru, Colômbia e México e o encarregado de negócios do Chile, presentes no ato de apresentação, sublinharam hoje o potencial econômico da “Aliança do Pacífico”, uma iniciativa que qualificaram de “ambiciosa e pragmática ao mesmo tempo”, e que procura aproveitar o pujante momento econômico da região.

A Aliança do Pacífico engloba 212 milhões de habitantes da região latino-americana.

Como elementos comuns, George apontou a melhor governabilidade, a integração global, a responsabilidade fiscal e a alta no consumo e investimento privado.

Além disso, George ressaltou a estabilidade macroeconômica e a vocação comercial que permitiu que as exportações do grupo tenham aumentado a uma taxa anual de 4,6% desde 2000 e se elevem a 6% até 2017.

George apontou também como a maturidade democrática atingida nos últimos anos contribuiu para solidez do grupo.

“As democracias dos Pumas são imperfeitas, mas a melhora na estabilidade, moderação e o compromisso com as reformas, os diferencia não só dos outros países em crescimento na América Latina, mas entre os mercados emergentes de todo o mundo”, asseverou.

Por isso, o embaixador do Peru em Washington, Harold Forsyth, ressaltou que a aliança despertou “grande interesse” na esfera internacional com vários países se unindo como observadores, algo que considerou “extremamente estimulante”.

Forsyth ressaltou, além disso, que a associação está baseada na vocação econômica e comercial, mas os participantes também compartilham uma maneira similar de ver a política.

Por sua vez, Luis Carlos Villegas, embaixador colombiano em EUA, avaliou o aspecto “ambicioso e pragmático ao mesmo tempo” da “Aliança do Pacífico”.

Finalmente, o chefe da legação do México, Eduardo Medina Mora, que representa a maior economia do grupo, afirmou “que o grupo demonstrou fazer o que disse, algo que nem sempre ocorreu na região”.

Mora destacou que o grupo pode atuar como “ponte para o continente asiático”, o outro grande mercado emergente atual.

Este grupo espera nos próximos meses a entrada da Costa Rica, cuja adesão já foi aprovada, mas que ainda deve executar certos trâmites.

Os quatro países da Aliança do Pacífico acabam de realizar em fevereiro, na cidade de Cartagena, sua oitava cúpula presidencial na qual assinaram o protocolo que liberalizar 92% das tarifas no comércio interno do bloco.

A Aliança, constituída formalmente mediante o Acordo Marco assinado em Paranal (Chile) em 6 de junho de 2012, avançou assim em sua integração com um primeiro objetivo no plano comercial. EFE

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.