Alta da tarifa integrada de metrô e ônibus afeta minoria, diz secretário de SP

  • Por Estadão Conteúdo
  • 30/12/2016 18h37
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O governador Geraldo Alckmin durante entrega do Terminal Vila Galvão da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos). Data: 12/12/2014. Local: Guarulhos/SP. Foto: Edson Lopes Jr/A2 FOTOGRAFIA Edson Lopes Jr/A2 FOTOGRAFIA Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos

O secretário de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo, Clodoaldo Pelissioni, argumentou nesta sexta-feira que o reajuste da tarifa integrada de metrô e ônibus em São Paulo, de R$ 5,92 para R$ 6,80, vai afetar a minoria dos usuários do transporte público.

“Mais de 52% dos usuários do metrô pagam somente a tarifa básica de R$ 3,80 (que foi congelada). Nos trens da CPTM, são 62%. E entre os usuários de ônibus, são dois terços”, afirmou o secretário. O reajuste da tarifa integrada representa aumento de 14,8%, mais que o dobro da inflação de 2016.

Ele fez questão de ressaltar também que o aumento da tarifa integrada é, na verdade, “uma redução do desconto”, ao dizer que, se o usuário pagasse a tarifa básica duas vezes, para usar o metrô e o ônibus em uma viagem, o valor ficaria em R$ 7,60. “O desconto será de 10,5%”, afirmou. Com a tarifa anterior, de R$ 5,92, o desconto era de 22%. Ele também destacou que a tarifa integrada de São Paulo é 15% mais barata que a do Rio de Janeiro, de R$ 8.

Em relação aos reajustes nos bilhetes temporais, como o bilhete único mensal, que subiu de R$ 140 para R$ 190, e o bilhete integrado mensal, que saltou de R$ 230 para R$ 300, Pelissioni afirmou que somente 4% dos usuários recorrem a essas modalidades e que, portanto, o impacto será pequeno. “E não havia nenhum reajuste nos bilhetes temporais há três anos”, acrescentou.

Com o novo valor para o bilhete único mensal, de R$ 190, se o usuário utilizar 40 vezes em um mês, considerando a ida e a volta de 20 dias úteis, cada tarifa sairá por R$ 4,75, quase R$ 1 a mais que o preço da tarifa básica, de R$ 3,80. Com o valor anterior, cada passagem saía por R$ 3,50.

Questionado sobre se o bilhete único mensal deixou de valer a pena para o usuário, o secretário argumentou que se o bilhete mensal for utilizado duas vezes em cada um dos 30 dias do mês, contando com os fins de semana, o bilhete mensal será vantajoso. “Para a minha babá vai valer a pena”, disse.

Duas vezes em 30 dias, são 60 usos, o que faria com que cada passagem saísse pelo valor de R$ 3,16. Para que cada passagem custe R$ 3,80, o valor da tarifa básica, o usuário teria de recorrer ao bilhete 50 vezes no mês.

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