Alta no preço dos alimentos pode forçar BC a aumentar Selic
O preço dos alimentos jogou a inflação para o alto e pode forçar o Banco Central a elevar ainda mais a taxa do juro básico. A segunda prévia do IGP-M, a chamada inflação do aluguel, acelerou 1,41% turbinada por preços agrícolas no atacado e gêneros alimentícios no varejo.
O economista Fábio Silveira salientou que a combinação de verão sufocante no Brasil com inverno congelante nos Estados Unidos prejudicou a produção agrícola. Falando a Denise Campos de Toledo, ele explicou que o poder de compra da renda do trabalhador é corroído na correria do mercado.
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Outro economista disse que a inflação no preço dos alimentos agora torna mais complicada a decisão do Banco Central sobre a taxa Selic. Marcel Caparóz enfatizou que os índices relativos aos serviços estão mais robustos do que aqueles referentes aos preços de bens de consumo.
E o mercado já tirou do radar a expectativa de um “pit stop” do Banco Central nas sucessivas elevações da taxa Selic para combate à inflação. O economista Danny Rapapport afirmou que um sinal de que o aperto monetário vai continuar está nas altas do juro de longo prazo.
Para os analistas do mercado, o Banco Central precisa levar em conta o fato de que juro muito alto costuma servir de atração para os dólares. E dólar barato ajuda no combate à inflação mas retira o poder competição dos produtos manufaturados do Brasil no mercado internacional.
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