Amanda Knox é absolvida da morte da britânica Meredith Kercher na Itália

  • Por Agencia EFE
  • 27/03/2015 21h31

Seattle (EUA.), 27 mar (EFE).- A jovem americana Amanda Knox disse estar “extremamente aliviada e agradecida” com a absolvição pela Suprema Corte da Itália nesta sexta-feira dela e de seu ex-namorado, Raffaele Sollecito, pelo assassinato da britânica Meredith Kercher em 2007 em Perugia, na Itália.

Em comunicado enviado à imprensa americana, Knox explicou que por saber que era inocente desde o princípio deu “força nos momentos mais obscuros desta dura experiência” e agradeceu o apoio recebido durante todo este tempo por seus familiares, amigos e desconhecidos.

“A eles digo: o agradecimento mais profundo do meu coração. Sua bondade me manteve de pé. Só espero poder agradecer pessoalmente a todos e a cada um de vocês”, disse a jovem, que vive em Seattle.

O exame dos recursos no Alto Tribunal italiano apresentados pelos dois condenados começou na quarta-feira e hoje a advogada de Sollecito, Giulia Buongiorno, expôs sua alegação. Knox e Sollecito foram absolvidos porque o tribunal entendeu que “não cometeram o assassinato”.

Os magistrados da V Seção Penal do tribunal só condenaram Knox a três anos de prisão por calúnias (pena que já foi cumprida, pois passou quatro anos na prisão após ser detida em 2007) por tentar incriminar sem sucesso Patrick Lumumba, o músico congolês e proprietário do bar onde ela trabalhava.

A família de Knox também emitiu um comunicado no qual expressou sua “profunda gratidão a todos aqueles que apoiaram Amanda e anossa família”.

“Pessoas de todo o mundo, reconhecidos especialistas em DNA, agentes do FBI e cidadãos anônimos fizeram justiça e defenderam sua inocência. Estamos emocionados e agradecidos pela decisão tomada hoje pela Suprema Corte da Itália”, afirmaram os familiares da jovem.

De acordo com a sentença, o único culpado do crime é o marfinense Rudy Guede, condenado por ser “cúmplice de assassinato” em 2010 a 16 anos de prisão, após escolher um julgamento breve. Guede cumpre pena em uma penitenciária de Viterbo, no centro da Itália.

Knox e Sollecito foram condenados em janeiro de 2014 a 28 anos e seis meses de prisão e a 25 anos, respectivamente, pelo Tribunal de Apelação de Florença, depois de o Supremo determinar um novo julgamento por considerar que houve erros judiciais no primeiro.

A sentença de hoje pôs fim a um caso que se prolongou durante sete anos e que despertou uma grande expectativa midiática na Itália, nos Estados Unidos e no resto do mundo. EFE

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