Amanda Knox e Sollecito condenados a 28 e 25 anos de prisão, respectivamente
Roma, 30 jan (EFE).- O Tribunal de Apelação de Florença condenou nesta quinta-feira a 28 anos e seis meses de prisão à americana Amanda Knox, e a 25 anos o seu ex-namorado, o italiano Raffaele Sollecito, pelo assassinato da britânica Meredith Kercher em 2007 em um quarto em Perugia.
Até hoje, o único condenado pelo assassinato da jovem de 21 anos, que estava na Itália cursando o intercâmbio Erasmus, é o cidadão da Costa do Marfim Rudy Guede, que pegou 16 anos de prisão após optar por um julgamento breve.
Além das prisões, o presidente do tribunal ditou medidas cautelares para Sollecito, para quem ordenou a retirada do passaporte italiano e seu documento de identidade para impedir a saída do país. Já Amanda não recebeu quaisquer destas medidas que ontem solicitou o procurador-geral Alessandro Crini em caso de condenação.
Amanda saiu da Itália quando foi absolvida pelo Tribunal de Apelação de Perugia em 2011, por isso seguiu o processo judicial da sua cidade natal, Seattle na qual recebeu a notícia da sua sentença sem chorar, nem falar, segundo disse seu advogado Carlo Gadanha Vedova.
“Foi uma decepção. Recorreremos. Amanda é inocente”, assegurou outro advogado de Amanda, Luciano Virga.
A defensora de Raffaele Sollecito, Giulia Bongiorno, assegurou que o veredicto “é só um episódio do processo”, já que a sentença será impugnada perante a Corte Suprema.
O caso ocorreu durante a noite de primeiro de novembro de 2007, quando Meredith Kercher foi assassinada em sua casa em Perugia. Com ela estavam Amanda Knox e Raffaele Sollecito, além do marfinense Rudy Guede, os principais suspeitos do crime.
Segundo os policiais, Meredith não quis participar em um “jogo sexual” proposto pelos três acusados, por isso Guede a estuprou e Amanda a apunhalou enquanto Sollecito a abraçava.
Tanto Amanda quanto Sollecito sempre defenderam sua inocência, o que não evitou que passassem quatro anos na prisão, até 2011 quando o Tribunal de Apelação de Perugia os absolveu, quando Amanda retornou a Seattle.
Em 2012, um recurso da família Meredith Kercher reabriu o processo que desembocou na audiência de hoje, a última do julgamento que gerou grande interesse da imprensa por conta da pouca idade dos envolvidos e pelo vínculo sexual que, supostamente, os unia e que inspirou livros e séries de televisão.
No entanto, a sentença de hoje poderá ser novamente recorrida ao Tribunal Supremo como última instância. EFE
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