Amazônia terá observatório climatológico mais alto que a Torre Eiffel

  • Por Agencia EFE
  • 15/08/2014 12h44
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Rio de Janeiro, 15 ago (EFE).- Um grupo de instituições científicas brasileiras e alemãs começou a construir nesta sexta-feira um observatório climatológico no meio da Amazônia, cuja estrutura de 325 metros altura será mais alta que a Torre Eiffel.

A previsão é que as obras da gigantesca estrutura sejam concluídas em novembro, informou hoje em comunicado o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que lidera o projeto.

A Torre Eiffel tem 301 metros de altura mas alcança os 324 com a antena instalada na ponta enquanto o observatório na Amazônia terá 325 metros de altura e chegará aos 330 metros com o sistema de pararraios.

O observatório climatológico começou a ser erguido na Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Uatumã, localizada na jurisdição de um município a 150 quilômetros de Manaus.

O local para a torre de monitoração foi eleito após uma série de estudos que determinaram sua idoneidade para abrigar a construção.

A chamada Amazon Tall Tower Observatory (Atto, por sua sigla em inglês) servirá para a monitoração das mudanças climáticas que ocorram nas florestas da zona, um dos ecossistemas mais sensíveis do planeta e que desempenha um papel importante na estabilização do clima, segundo o Inpa.

O objetivo a longo prazo da Atto é medir os impactos das variações climatológicas globais nas florestas de terra firme da Amazônia através do estudo da interação da vegetação com a atmosfera.

Outro dos usos que terá o observatório será o de realizar pesquisas inéditas na química da atmosfera (mudanças gasosos, reações químicas e aerossóis), processos de transporte de massa e energia na camada limite atmosférica e também para estudar a formação e o desenvolvimento das nuvens.

“Queremos diminuir as dúvidas nestes campos de pesquisa científica e contribuir e aperfeiçoar a representação da Amazônia e outras áreas tropicais úmidas nos modelos climáticos”, assegurou o pesquisador do Inpa Antonio Manzi, um dos coordenadores do projeto.

Se prevê que a torre funcione 24 horas por dia durante os próximos 20 ou 30 anos e, além da Atto, também serão erguidos quatro observatórios auxiliares de 80 metros de altura que servirão para complementar os dados obtidos pela construção principal.

A instalação faz parte de um trabalho conjunto entre o Instituto Max Planck (Alemanha) e o Inpa, que investirão R$ 7,5 milhões.

Esta construção científica faz parte do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera do Amazonas (LBA), um projeto de estudos científicos na Amazônia que começou a ser implementado em 1998. EFE

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