Ameaça de bombardeio faz milicianos e rebeldes abandonarem bases na Síria

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 10h36

Beirute, 24 set (EFE).- Combatentes da Frente al Nusra, braço da al Qaeda na Síria, e do grupo rebelde sírio Movimento Islâmico dos Livres de Sham (Levante) evacuaram suas bases nesta quarta-feira devido à possibilidade de serem bombardeadas pela coalizão internacional liderada pelos EUA.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que a Frente al Nusra abandonou seus quartéis em povados da zona rural de Idlib depois que várias de suas posições estratégicas foram alvo de bombardeios na terça-feira.

A organização informou que pelo menos 50 integrantes do braço da Al Qaeda morreram devido aos bombardeios aéreos em uma região na fronteira entre Idlib e a província síria de Aleppo.

O Pentágono e o presidente americano, Barack Obama, revelaram que o alvo do ataque foi uma célula da Al Qaeda, denominada Khorasan, que pertencia à Frente al Nusra e que planejava um atentado “iminente” contra os EUA e interesses ocidentais.

Já o comando do grupo rebelde sírio Movimento Islâmico dos Livres de Sham (Levante) ordenou hoje a evacuação de todas as suas bases.

Em comunicado, o grupo pediu aos combatentes para que retirem todos os aparelhos de comunicação por satélite dos quartéis e que os escondam, além de guardarem as armas pesadas. Também foi solicitado aos civis que vivem em casas próximas para que se afastem da zona.

O grupo é uma das principais formações que integram a maior aliança rebelde islamita da Síria, a Frente Islâmica, que lutou junto à Frente al Nusra contra as forças do regime de Bashar al Assad e contra o Estado Islâmico.

Em declarações à Agência Efe, um ativista da Frente Islâmica, que pediu anonimato, não descartou que a coalizão internacional ainda ataque sua organização.

O opositor Mohammed Abdu, um ativista sírio que trabalha na província de Idlib, ressaltou que esses grupos têm de muita popularidade nas zonas tomadas pelos rebeldes na Síria e se opõem a uma intervenção americana. EFE

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