América Latina crescerá 1,1% em 2014, o pior desempenho desde 2009, diz Cepal

  • Por Agencia EFE
  • 02/12/2014 13h52

Santiago do Chile, 2 dez (EFE).- O crescimento econômico da América Latina e do Caribe será de 1,1% neste ano, o mais baixo desde 2009, mas chegará a 2,2% em 2015, dentro do contexto de uma lenta e heterogênea recuperação mundial.

Em balanço preliminar divulgado nesta terça-feira, a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) afirmou que o desempenho da economia mostrou diferenças entre países e sub-regiões. A América Central mais o Haiti e o Caribe de língua hispânica registraram expansão de 3,7%, o Caribe de língua inglesa de 1,9% e a América do Sul de apenas 0,7%.

Sobre a questão fiscal, afirma o relatório, a região registrará um ligeiro aumento do déficit, de 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 para 2,7% neste ano. Já o Caribe terá uma queda do índice, de 4,1% no ano passado para 3,9% em 2014.

A dívida pública dos países da região se manterá em níveis baixos e estáveis, destaca a Cepal, em torno de 32% do PIB.

A inflação anualizada acumulada em outubro foi de 9,4% em média e a taxa de desemprego registrou pequena alta, de 6% para 6,2%, apesar da frágil geração de novos postos de trabalho por causa do desempenho econômico.

Os países com maior crescimento em 2014 são o Panamá (6%), a República Dominicana (6%), a Bolívia (5,2%) e a Colômbia (4,8%). No outro extremo estão a Venezuela (-3,0%) e a Argentina (-0,2%).

Para 2015, o relatório prevê um crescimento médio na região de 2,2%, no contexto de uma lenta e moderada recuperação da economia mundial, com uma tendência de baixa nos preços das matérias-primas e pouco dinamismo da demanda externa da região, além do aumento da incerteza financeira.

Espera-se que a América Central mais o Haiti e o Caribe hispânico cresçam 4,1%, o Caribe inglês 2,2% e a América do Sul 1,8%. Os países que liderarão a expansão serão o Panamá (7%), a Bolívia (5,5%), o Peru (5%), a República Dominicana (5%) e a Nicarágua (5%). EFE

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