América Latina quer se posicionar como exportadora de serviços no mundo
Cidade da Guatemala, 6 ago (EFE).- Empresários e organização de países da América Latina querem posicionar o continente como uma região exportadora de serviços, setor que movimenta globalmente US$ 500 bilhões por ano.
Ninoshka Linde, presidente da Associação Latino-Americana de Exportação de Serviços (Ales), organizadora do convenção, disse na inauguração, nesta quinta-feia, que este é o setor que mais cresce no mundo, 20% ao ano.
Na América Latina, onde o crescimento do setor é de 12%, “é preciso criar políticas públicas para potencializá-lo e fomentar o desenvolvimento para sair da pobreza”, disse Linde.
“A América Latina se transformou em uma das regiões emergentes do mercado de serviços globais e a Guatemala é um dos melhores destinos para a terceirização”, defendeu.
A V Convenção anual de serviços globais, que temrina amanhã em um hotel da capital guatemalteca, reúne cerca de 500 empresários de Guatemala, Brasil, Reino Unido, França, Estados Unidos, Argentina, Chile, Peru, Venezuela, Porto Rico, México, e América Central, além de 31 organizações de promoção de exportação e investimentos.
O objetivo da convenção é “posicionar os serviços da América Latina”, ressaltou também o secretário da Ales, Javier Peña, ao lembrar que desde sua fundação, em fevereiro de 2008, a organização passou de 10 para 16 países.
O representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) na Guatemala, Fernando Quevedo, ressaltou que o avanço da tecnologia ajudou o comércio de serviços a atingir o dinamismo e o crescimento acelerado desde 2004. 65% do Investimento Estrangeiro Direto (IED) no planeta se destina a este setor, comentou.
O setor de serviços é o menos vulnerável aos vaivéns do comércio, sobretudo à queda das exportações, mas a região não o aproveitou, disse Quevedo.
O ministro da Economia da Guatemala, Sergio De la Torre, assinalou que a demanda dos serviços continuam a crescer e por isso a América Latina precisa de ações concretas para fomentar a exportação e a competitividade com o apoio dos setores público e privado.
A Guatemala aprovou nos últimos anos 115 reformas para facilitar a inscrição de empresas e o comércio além da fronteira, o que colocou o país, segundo o BID, entre as 10 economias mais reformadoras do mundo, junto com o Uruguai.
As vantagens da indústria de serviços em destinos emergentes “são vitais para o desenvolvimento, porque encontram maiores oportunidades de emprego, aumentam a implementação de novas tecnologias de informação e diversificam o mercado”, ressaltou o presidente da Associação Guatemalteca de Exportadores, Rolando Paiz.EFE
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