América Móvil pretende vender ativos para deixar de ser preponderante

  • Por Agencia EFE
  • 08/07/2014 23h14
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Cidade do México, 8 jul (EFE).- O grupo mexicano América Móvil anunciou nesta terça-feira sua disposição de desincorporar e vender certos ativos para reduzir sua participação nacional abaixo dos 50% no setor das telecomunicações e deixar assim de ser agente preponderante.

A companhia de propriedade do magnata Carlos Slim indicou em comunicado que seu Conselho de Administração autorizou hoje ditas medidas “após analisar diferentes alternativas e recomendações apresentadas pelo Comitê de Estratégia”.

No entanto, condicionou a desincorporação e venda de ativos a que suas filiais Teléfonos de México e Radiomóvil Dipsa (Telcel) “deixem de ser preponderantes e estar sujeitos a medidas assimétricas, e possam acessar a convergência”.

Além disso, ressaltou, os “ativos deverão ser vendidos em condições de mercado a seu valor comercial” a “algum novo operador independente de América Móvil, forte, com experiência no setor das telecomunicações e com alta capacidade econômica e técnica”.

O grupo indicou que essas medidas “estarão submetidas à obtenção das autorizações corporativas, regulatórias e governamentais que se requeiram” e à aprovação do Conselho de Administração ou Assembleia de Acionistas de América Móvil e subsidiárias.

A América Móvil foi declarada em março agente econômico preponderante no setor das telecomunicações (televisão restringida, internet e telefonia celular e fixa) pelo órgão regulador, que lhe impôs assim uma série de limites e obrigações.

Segundo a Constituição, uma empresa preponderante é aquela que tem uma participação no mercado nacional superior a 50% em determinado setor.

A Câmara dos Deputados debate hoje uma sentença, já aprovada pelo Senado, para expedir as leis regulamentares da reforma em telecomunicações de 2013, que procura melhorar a concorrência e o acesso a serviços-chave do setor.

A América Móvil é líder de serviços de telecomunicações na América Latina e no encerramento do ano passado tinha 279 milhões de assinantes de telefonia celular. EFE

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