Americano admite que matou leão, pois pensava que caça era legal
O americano Walter James Palmer admitiu que matou Cecil, o leão mais famoso do Zimbábue, mas afirmou que acreditava que a caça era legalizada e que contava com todas as autorizações necessárias.
“Pelo que eu saiba, todo o relacionado à viagem era legal e adequadamente administrado e conduzido”, disse Palmer, dentista residente em Minnesota, em comunicado repercutido nesta quarta-feira pela imprensa dos Estados Unidos.
Ele afirmou que “não tinha nem ideia” de que Cecil era o leão mais famoso do Zimbábue e que acreditou na experiência dos guias profissionais do local para garantir uma “caçada legal”.
“Lamento profundamente que uma atividade que amo e pratico de forma responsável e legal resultasse na morte deste leão”, concluiu.
A morte de Cecil abriu uma grande polêmica entre os conservadores locais porque consideram que o safári foi organizado de forma ilegal.
Segundo a Força Especial para a Conservação do Zimbábue (ZCTF), Palmer participou de uma caçada noturna no Parque Nacional de Hwange, no último dia 6.
O leão, de 13 anos, foi atraído com uma presa amarrada a um veículo como isca para levá-lo para fora do parque, quando tecnicamente deixaria de ser ilegal caçá-lo.
“Palmer disparou contra Cecil com um arco e uma flecha, mas este disparo não o matou. O rastrearam até encontrá-lo, 40 horas mais tarde, e voltaram a atirar contra ele com uma arma”, explicou o presidente da ZCTF, Johnny Rodrigues, aos meios de comunicação locais.
O assassinato provocou indignação no mundo todo e reacendeu os pedidos de proibição de caça de leão no Zimbábue.
O caçador profissional Theo Bronkhorst, que dirigiu a ação, e o agricultor Honest Ndlovu, dono das terras onde Cecil foi atacado, devem comparecer hoje aos tribunais de Victoria Falls.
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