Americanos estão cada vez mais preocupados com crise grega

  • Por Agência Brasil
  • 07/07/2015 17h41
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People sit under a Greek national flag atop the Acropolis hill archaeological site in Athens, Greece June 22, 2015. Tourists exploring the antique sites of Athens on Monday said they weren't sufficiently worried about Greece's debt crisis to stock up on extra money, despite warnings by some travel groups that bank dispensing machines could shut. But the bumpy bus rides past near-daily street protests were a reminder that they were visiting a country in trouble. REUTERS/Alkis Konstantinidis Reuters Grécia bandeira

Cresce a preocupação dos Estados Unidos com a situação na Grécia. Os americanos trocam telefonemas frequentemente com os líderes europeus e gregos, diante das implicações geopolíticas da ruptura das negociações e uma eventual aproximação de Atenas com Moscou ou Pequim.

O presidente Barack Obama e o seu secretário do Tesouro, Jack Lew, admitiram acompanhar a evolução da crise com numerosas ligações para líderes europeus, como a chanceler alemã, Angela Merkel, o chefe de estado francês, François Hollande, e o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi.

Hoje mesmo, Obama falou com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e com Merkel, quando os líderes da Zona Euro esperavam uma proposta para um terceiro resgate financeiro da Grécia.

Tanto Obama como Lew têm apelado repetidamente a todas as partes, incluindo credores internacionais e o governo grego, para que alcancem um acordo que inclua reformas estruturais, por parte de Atenas, e uma discussão sobre o alívio da dívida grega.

Em pano de fundo, está a realidade geopolítica da Grécia, que é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte, e é decisiva para a estabilidade nos Balcãs, vizinha do Oriente Médio e porta de entrada de imigrantes.

Desde a sua chegada ao poder que Tsipras tem marcado distância com os seus parceiros europeus e dado a entender que poderia procurar ajuda financeira em Moscou, para onde se deslocou várias vezes, ou Pequim.

A última coisa que os americanos querem ver é uma Grécia a afastar-se da Europa e aproximar-se da Federação Russa, em contexto de tensão crescente entre Washington e Moscou devido à crise na Ucrânia.

Depois do referendo de domingo, que rejeitou acordo com credores europeus, o presidente russo, Vladimir Putin, conversou com Tsipras para discutir “as condições da prestação de ajuda financeira a Atenas pelos credores internacionais, bem como assuntos relativos ao desenvolvimento da cooperação russo-grega”, segundo comunicado distribuído pelo Kremlin.

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