Amigo de Putin, oligarca russo construirá ponte entre Rússia e Crimeia

  • Por Agencia EFE
  • 30/01/2015 18h28

Moscou, 30 jan (EFE).- A empresa Stroigazmontazh, do oligarca russo Arkadi Rottenberg, foi a escolhida para construir uma ponte sobre o estreito de Kerch, que enlaçará território russo com a recém anexada península ucraniana da Crimeia.

“O projeto será financiado completamente pelo Estado”, disse à imprensa local Rottenberg, que estimou o custo do projeto em 3,3 bilhões de euros, segundo informa nesta sexta-feira a imprensa local.

Rottenberg, que previu que a ponte será inaugurada dentro de quatro anos, reconheceu que as sanções econômicas ocidentais impostas à Rússia por seu papel no conflito da Ucrânia obrigarão a empresa a abrir mão dos materiais de construção de países como Noruega e Holanda.

“Planejamos realizar todo o projeto com material e tecnologia russa. Os chineses não estão dentro ainda, mas já estamos conversando com uma companhia da Coreia do Sul”, comentou o magnata, considerado uma das pessoas mais próximas ao presidente russo, Vladimir Putin, e cuja empresa também está sob as sanções econômicas ocidentais, em particular dos Estados Unidos.

As companhias turcas também demonstraram um grande interesse, apesar da ameaça das sanções, acrescentou o empresário, cuja companhia é uma das maiores construtoras do país com cerca de 30.000 trabalhadores.

Em novembro de 2010, quando o agora deposto Viktor Yanukovich ainda era o presidente ucraniano, Rússia e Ucrânia assinaram um memorando de entendimento para a construção da ponte.

Após anos de espera, o governo russo aprovou unilateralmente o projeto em março de 2014, pouco depois da anexação da até então península ucraniana.

O estreito de Kerch, conhecido como a porta ao mar de Azov, tem 41 quilômetros de comprimento, uma largura mínima de 4,5 quilômetros e uma máxima de 15.

Segundo o projeto proposto pela Rússia em 2007, a ponte terá uma extensão de exatamente 4,5 quilômetros, uma largura de 22 metros e uma altura de 50 metros sobre o nível do mar.

A expectativa é que mais de 10 milhões de pessoas atravessem anualmente a ponte, pelo qual também se transportará gás liquefeito em vagões de trem ou em caminhões-pipa. EFE

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