“Análise inicial” dos EUA questiona sucesso de teste nuclear norte-coreano

  • Por Agência EFE
  • 06/01/2016 18h44
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Secretário americano John Kerry visita réplica do barco do tenente James Cook HMS Endeavour em Sidney EFE Secretário americano John Kerry visita réplica do barco do tenente James Cook HMS Endeavour

O governo dos Estados Unidos informou nesta quarta-feira que a “análise inicial” realizada por especialistas do país questiona as afirmações do regime da Coreia do Norte de que seu teste com uma bomba nuclear de hidrogênio foi bem-sucedida.

“A análise inicial não é consistente com as afirmações da Coreia do Norte do sucesso da bomba de hidrogênio”, declarou em sua entrevista coletiva diária o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

O porta-voz disse também que, por causa desse teste, o quarto desde 2006, mas o primeiro no qual o regime norte-coreano garante ter detonado uma bomba de hidrogênio, o governo dos EUA não mudou sua avaliação sobre as “capacidades” nucleares de Pyongyang.

Segundo Earnest, o novo teste nuclear norte-coreano é uma “violação flagrante e provocadora” das resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

Além disso, o porta-voz do presidente Barack Obama reiterou que a Coreia do Norte deve pôr fim a este tipo de provocação e se comprometer com o fim das armas de destruição em massa.

Por sua vez, o secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse em comunicado que países de todo o mundo condenaram “inequivocamente” o teste norte-coreano, que representa “uma grave ameaça para a paz e segurança internacionais”.

“Não aceitamos nem aceitaremos a Coreia do Norte como um Estado com armas nucleares”, frisou Kerry.

De acordo com Earnest, Obama vai conversar por telefone nas próximas horas sobre o caso com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e com a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye.

Além disso, a principal assessora de segurança nacional de Obama, Susan Rice, já falou a respeito com o embaixador chinês nos EUA.

O porta-voz de Obama destacou o “papel significativo” da China nos esforços por conseguir a desnuclearização da península coreana e afirmou que o líder chinês, Xi Jinping, foi claro em sua última visita a Washington, em setembro, sobre aposição de Pequim de não aceitar uma Coreia do Norte com armas atômicas.

Ao contrário de seus três primeiros testes com armas nucleares, realizados em 2006, 2009 e 2013, hoje o regime da Coreia do Norte alegou ter utilizado a temida bomba termonuclear, capaz de multiplicar por milhares a potência dos explosivos lançados sobre Hiroshima e Nagasaki em 1945.

Em resposta aos testes iniciais, o Conselho de Segurança da ONU impôs fortes sanções ao país que limitam suas transações internacionais e intensificaram seu isolamento econômico.

O Conselho classificou hoje como uma “clara ameaça” para a paz mundial o novo teste e anunciou que trabalhará “imediatamente” para adotar uma resolução de condenação. 

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