Analistas reduzem para 1,63% previsão de crescimento da economia em 2014

Rio de Janeiro, 5 mai (EFE).- Os analistas do mercado financeiro reduziram sua previsão para o crescimento da economia brasileira para este ano de 1,65%, calculado há uma semana, até 1,63%, segundo o boletim Focus, publicação divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.

Já para 2015, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi rebaixada de 2% para 1,91%. O boletim é uma pesquisa feita semanalmente pelo BC com cerca de cem economistas do mercado financeiro nacional.

O aumento do pessimismo em relação ao desempenho da economia foi provocado principalmente pelas expectativas ruins para o setor industrial.

Na semana passada, os analistas reduziram sua previsão para o crescimento da produção industrial em 2014 de 1,40% até 1,21%.

A previsão dos analistas para o crescimento do Brasil neste ano está muito abaixo da expansão de 2,5% esperada pelo governo e até do 2% admitido pelo Banco Central em sua última análise trimestral.

As novas previsões indicam que os analistas esperam uma desaceleração econômica após a ligeira recuperação de 2013.

Depois de registrar uma expansão de 7,5% em 2010, o crescimento da economia brasileira foi de 2,7% em 2011, de apenas 1% em 2012 e de 2,3% em 2013.

Em relação à inflação, os analistas mantiveram sua projeção para este ano em 6,5%, e para 2015 em 6%, variações exatamente iguais a da semana passada.

Isso significa que, para os economistas do mercado financeiro, o Brasil terminará este ano com a inflação no teto máximo da meta proposta pelo governo.

A meta para a inflação no país é de 4,5% anual, com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais, o que permite um máximo de 6,5%.

O Brasil fechou 2013 com uma inflação de 5,91% e os analistas esperam uma aceleração do índice de preços neste ano e uma ligeira redução em 2015. EFE