Analistas reduzem para 1,79% previsão de crescimento do Brasil em 2014

  • Por Agencia EFE
  • 17/02/2014 11h42

Rio de Janeiro, 17 fev (EFE).- Os analistas do mercado reduziram sua previsão para o crescimento econômico do Brasil neste ano de 1,9%, calculado há uma semana, até 1,79%, segundo o boletim Focus, pesquisa mensal realizada pelo Banco Central.

A projeção para o crescimento do PIB em 2015 também foi revista para baixo, de 2,2% para 2,1%. O pessimismo dos analistas cresceu depois que o Banco Central divulgou na sexta-feira o índice de atividade econômica, considerado uma prévia da tendência do PIB, que caiu 1,35% em dezembro em comparação com novembro pela queda da produção industrial e o mau desempenho das vendas.

Esse dado permite prever uma retração para o PIB no quarto trimestre de 2013, após a queda de 0,5% no trimestre anterior, o que sugere que a economia brasileira se encontra “tecnicamente” em recessão (dois trimestres consecutivos em baixa).

Os analistas vêm reduzindo suas previsões para o crescimento da economia do Brasil para 2014 e 2015 há algumas semanas.

Há um mês os economistas tinham previsto uma expansão do PIB de 2% em 2014 e de 2,5% em 2015.

As novas previsões para o crescimento deste e do próximo ano estão abaixo do 2,3% inicialmente projetado para 2013 e indicam que o Brasil voltará a sofrer uma desaceleração econômica.

Após ter registrado uma expansão de 7,5% em 2010, o crescimento da economia brasileira foi de 2,7% em 2011 e de apenas 1% em 2012.

Em relação à inflação, os analistas elevaram a projeção para este ano do 5,89% calculado há uma semana para 5,93%. A projeção para a inflação em 2015 foi mantida em 5,70%.

O Brasil fechou 2013 com uma inflação de 5,91%, taxa situada acima do esperado pelos analistas embora dentro da meta oficial, que é de 4,5% anual mas com uma margem de tolerância de dois pontos percentuais.

As projeções dos economistas indicam que a inflação crescerá ligeiramente neste ano e que tanto em 2014 como em 2015 o índice ficará acima do centro da meta mas dentro desse limite estabelecido pelo governo. EFE

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