Ancara nega que milícias curdas tenham ajudado na evacuação do mausoléu

  • Por Agencia EFE
  • 23/02/2015 12h51
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Istambul, 23 fev (EFE).- O governo turco negou nesta segunda-feira que as milícias curdas de Kobani, conhecidas com a sigla YPG, tenham ajudado as tropas turcas na operação de evacuação e mudança do mausoléu de Suleyman Sah na Síria.

Assim assegurou o porta-voz da presidência turca, Ibrahim Kalin, ao desmentir a notícia de que as milícias curdas participaram da citada operação, como afirmaram em comunicado.

Ao ser questionado pela imprensa se houve contatos com a YPG, com o Estado Islâmico (EI) ou com outros países durante a operação, o porta-voz de presidência esclareceu que a Turquia tinha enviado uma nota informativa a seus aliados, e também ao regime sírio.

“Mas com as organizações que mencionou (YPG e EI) não houve nenhum contato, nem coordenação e nem ajuda”, especificou o porta-voz em declarações recolhidas pela agência “Anadolu”.

“O PYD (Partido Curdo da Síria sob cuja bandeira se agrupam as milícias YPG) é para nós uma organização terrorista”, reforçou Kalin, o que reflete a postura habitual de Ancara, que considera este partido como o braço sírio do Partido de Trabalhadores de Curdistão (PKK).

Em comunicado distribuído ontem pela agência de notícias curda “Firat”, a YPG sustenta que a operação de evacuação do mausoléu de Suleyman Sah, um enclave turco a 37 quilômetros da fronteira, tinha sido realizada com a participação das forças curdas de Kobani.

A YPG assegura que a operação, que foi realizada na madrugada do domingo, foi planificada durante quatro dias de debates entre as autoridades turcas e representantes do comando central da YPG.

O comunicado afirma que “certo número de blindados e soldados” cruzaram para a Síria através da passagem fronteiriça de Mürsitpinar, que se conecta diretamente com a cidade de Kobani.

A imprensa turca publica hoje fotos, divulgadas pela “Firat”, nas quais são apreciadas bandeiras da YPG perto da colina de Esme, onde as forças armadas turcas acondicionam uma nova localização para o mausoléu, cerca de 180 metros da fronteira turca. EFE

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