Anistia diz que 21 mil morreram em Aleppo desde 2011, além de 17 mil torturas

  • Por Estadão Conteúdo
  • 07/02/2017 11h55
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EFE Cessar-fogo na cidade síria de Aleppo é ampliado por mais 72h - EFE

As autoridades sírias mataram 17 mil pessoas desde o início da revolta em 2011 até 2015 em enforcamentos em massa numa prisão ao norte de Damasco, conhecida pelos prisioneiros como “o matadouro”, disse a Anistia Internacional nesta terça-feira. Na cidade de Aleppo, 21 mil morreram no período.

Em um novo relatório que abrange o período de 2011 a 2015, a Anistia disse que de 20 a 50 pessoas foram enforcadas a cada semana na prisão de Saydnaya em homicídios autorizados por autoridades sírias, incluindo deputados do presidente Bashar al-Assad e levados a cabo pela polícia militar.

A Anistia registrou pelo menos 35 métodos diferentes de tortura na Síria desde o final da década de 1980, práticas que aumentaram desde 2011, disse Lynn Maalouf, vice-diretor de pesquisa do escritório regional da Anistia em Beirute.

Outros grupos de direitos humanos encontraram provas de tortura generalizada que levaram à morte pessoas em instalações de detenção sírias. Em um relatório do ano passado, a Anistia descobriu que mais de 17 mil pessoas haviam morrido de tortura e tratamento precário em toda a Síria desde 2011, uma taxa média de mais de 300 por mês.

Esses números são comparáveis às mortes no campo de batalha em Aleppo, uma das zonas de guerra mais ferozes na Síria, onde 21 mil pessoas foram mortas em toda a província desde 2011.

“Os horrores descritos neste relatório revelam uma campanha oculta e monstruosa, autorizada nos mais altos níveis do governo sírio, visando esmagar qualquer forma de dissidência dentro da população síria”, disse Maalouf.

Os números deste relatório vieram das entrevistas com 31 ex-detentos e mais de 50 outros oficiais e peritos, incluindo promotores e juízes anteriores.

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