ANJ protesta contra restrições à imprensa na Venezuela

  • Por Agencia EFE
  • 28/05/2014 18h34

Brasília, 28 mai (EFE).- A Associação Nacional de Jornais (ANJ) protestou nesta quarta-feira contra a “dramática” situação que os jornais venezuelanos atravessam para a compra de material, e exigiu o fim das ações contra a imprensa no país.

Um dos pontos deliberados é “informar ao governo brasileiro da preocupação da entidade com o que está ocorrendo na Venezuela, principalmente por ter sido esse país admitido como membro do Mercosul, o que implica em respeito à livre circulação de jornais e à liberdade de expressão, indispensáveis à preservação das instituições democráticas”, explica o documento.

O comunicado lembra que desde o fim da ditadura militar, em 1985, tem sido respeitada a livre circulação dos jornais, conforme determina a Constituição de 1988.

Além disso, ressalta que os três últimos presidentes brasileiros assinaram a Declaração de Chapultepec, que estabelece que “não há pessoas nem sociedades livres sem liberdade de expressão e de imprensa. O exercício desta não é uma concessão das autoridades, é um direito inalienável do povo”.

A ANJ decidiu enviar uma carta ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, para protestar “contra as dificuldades para concessão de licença para a importação de papel para os jornais e solicitando que cessem suas ações contra a imprensa”.

A divulgação do comunicado coincidiu com uma audiência realizada na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados, com a participação da jornalista venezuelana Vanessa Silva. Ela denunciou a falta de liberdades e a “censura” sofrida pela imprensa em seu país.

“Agora não existe mais atos midiáticos como o fechamento de canais de televisão (como ocorreu com “Radio Caracas Televisión” em 2007), mas ocorre a venda de canais para proprietários desconhecidos (em aparente alusão a “Globovisión”, emissora na qual trabalha)”, disse a jornalista. EFE

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