Antiga residência de Al Capone em Miami Beach é colocada para aluguel

  • Por Agencia EFE
  • 14/06/2015 21h47

Olga Guerrero.

Miami Beach (EUA), 14 jun (EFE).- Quase 70 anos depois da morte do lendário gângster Al Capone, sua antiga residência em Miami Beach, no estado americano da Flórida, voltou a ganhar vida como cenário para gravações de televisão, cinema e publicidade com o aluguel de diárias.

A caixa de correio da casa onde viveu e morreu Capone não esconde segredos. Qualquer um que consiga chegar ao local pode bisbilhotar seu interior, onde uma correspondência de propaganda convida a dar aulas particulares de tênis aos novos donos: a empresa de investidores imobiliários MB América.

A poucos passos do lugar onde Al Capone recebia suas cartas, uma porta branca leva ao acesso principal da casa, uma vila de estilo colonial espanhol com mais de 2.700 metros quadrados, construída em 1922.

O gângster a comprou por US$ 40 mil no final dos anos 20 e a tornou sua residência. Dela saiu para ingressar na prisão de Alcatraz, acusado de evasão de impostos; e a ela voltou seis anos depois, quando cumpriu sua pena, já com demência senil. Al Capone morreu em um dos quartos da residência, em 1947, após sofrer um infarto.

A estrutura da mansão é composta por três edifícios diferenciados. Dois nos lados eram destinados aos funcionários de segurança e a convidados, enquanto Capone vivia no bloco central.

Toda a vila é pintada de branco cercada por um jardim de plantas tropicais que conservou seu projeto original. Em um dos lados da propriedade se encontra uma fonte construída com coral rosa.

“Dizem que aqui Al Capone se sentava com sua mãe e sua neta para rezar. Ele adquiriu a propriedade em 2014, e pagou por ela US$ 8 milhões. Foram investidos mais US$ 2 milhões para restaurá-la”, explicou Marco Bruzzi, representante dos novos proprietários.

Agora, a lendária propriedade pode ser alugada por um valor de US$ 5 mil a diária.

“A estrutura original das paredes foi mantida, mas foi preciso reparar fendas e restaurar partes essenciais, como o chão e o telhado. A casa estava em más condições. Da mobília original não ficou praticamente nada, só lâmpadas, portas e janelas”, acrescentou.

Por outro lado, ficou intacto um dos banhos projetados ao gosto de Capone no edifícil central. O banheiro é revestido de azulejos amarelos e negros.

Mike, de 28 anos, é o responsável pelas mais de 50 pessoas que se encarregam das obras de restauração.

“Você sente uma sensação especial. Eu acho que Al Capone não era tão mau como dizem. Viemos trabalhar pensando que encontraríamos armas e álcool no porão. Só havia serpentes e caranguejos”, brincou.

No chão de madeira do dormitório onde morreu Al Capone havia um enxame de abelhas. Foi preciso contratar especialistas para exterminá-las.

A poucos metros de distância do lugar onde Al Capone pescava tilápias, uma embarcação turística se entretém fotografando a mansão, que voltou a ser parada obrigatória na região. EFE

og/vnm

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.