Ao restringir desoneração governo quer “amenizar exagero”, diz relator

  • Por Jovem Pan
  • 17/06/2015 10h26
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Leonardo Picciani Pedro Ladeira/Folhapress Leonardo Picciani

O governo federal chegou a acordo com o Congresso Nacional para aprovar medida que reduz a desoneração da folha de pagamento, mas, para evitar nova derrota, o governo aceitou abrir exceções a alguns setores da economia e não aumentar os impostos cobrados. Para o relator do projeto, o deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), esse meio termo “cria o ambiente que permitirá a aprovação do projeto” ao amenizar a medida que era considerada “exagerada”.

A mudança faz parte do pacote do ajuste fiscal e definiu setores que serão privilegiados ao não terem seus impostos aumentados, como transporte, comunicação e alimentação. “Em alguns setores a gente identificava, como no setor de transporte, o impacto imediato no aumento de tarifas, causando transtorno às pessoas no dia a dia, além de forçar o processo inflacionário”, avalia em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã da Jovem Pan.

O setor da indústria não foi contemplado nessas alterações e teme as consequências do aumento de gastos. “O governo propõe com esse projeto a recomposição de R$12,5 bilhões em receitas e a indústria representa R$6,5 bilhões, portanto mais da metade”, e completa, “a preocupação é justa, mas retirar a indústria seria não fazer o ajuste fiscal. É um crédito de confiança ao ministro [da Fazenda] Joaquim Levy”.

Falando à Jovem Pan nesta terça-feira (16), o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), Paulo Skaf, reforçou os temores do setor. “A perspectiva (para a indústria) é péssima. Isso é muito ruim, isso é ruim para o emprego, isso é ruim para o país, isso é ruim para uma indústria que já está debilitada, sentindo os efeitos dessas dificuldades que nós estamos passando no país neste momento”, avaliou.

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