Apenas 27% das empresas pretende aumentar investimentos em 2015, diz estudo

  • Por Agencia EFE
  • 11/03/2015 14h34
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Rio de Janeiro, 11 mar (EFE).- Apenas 27% das empresas brasileiras estão dispostas a aumentar seus investimentos nos próximos 12 meses, a menor porcentagem desde 2012, o que reflete a conjuntura negativa da economia brasileira, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

De acordo com o estudo, enquanto 42% dos empresários pretende manter seus atuais investimentos nos próximos 12 meses, 27% planeja elevá-los e 31% reduzi-los.

A taxa de quem pretende elevar seu investimento foi 3% inferior a do último trimestre de 2014 (30%) e 6% menor do que a registrada no mesmo período do ano passado (33%).

O resultado contrasta com o segundo trimestre de 2013, quando mais da metade dos empresários brasileiros (51%) projetava aumentar seu investimento nos próximos meses.

A porcentagem de quem pretende reduzir o investimento (31%), por sua parte, foi o maior desde que a pesquisa começou a ser realizada, no terceiro trimestre de 2012, e contrastou com o medido no último trimestre do ano passado (23%) e no mesmo período de 2014 (16%).

Segundo a Fundação Getulio Vargas, o primeiro trimestre deste ano foi a primeira vez que a porcentagem de empresários dispostos a reduzir seus investimentos no futuro superou o índice de quem pretende aumentá-los.

A pesquisa mostrou ainda que os empresários já estão reduzindo seus investimentos.

De acordo com o estudo, que consultou 669 empresas em todo o país, enquanto 44% das empresas mantiveram seus investimentos nos últimos 12 meses, 27% aumentou e 29% reduziu.

No primeiro trimestre do ano passado, 45% das empresas mantiveram seus investimentos, enquanto 37% elevou e 18% reduziu.

De acordo com a FGV, esta foi a segunda vez que a porcentagem de empresas que disse ter reduzido seus investimentos nos últimos doze meses superou as que aumentaram.

Para 42% das empresas consultada a taxa de câmbio foi um fator que influiu negativamente em sua decisão de realizar investimentos.

O atual ambiente macroeconômico influenciou negativamente a decisão de investimentos para 59% dos consultados, a demanda interna para 35%, as condições de crédito para 35%, a situação da economia internacional para 32% e a demanda externa para 17%. EFE

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