Apenas dois auditores vistoriam empresas no porto de Santos, revela jornal

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2016 11h41
BRA01. SANTOS (BRASIL), 14/01/16 - Vista desde la ciudad de Santos de una gigantesca nube de humo, provocada por una fuga de gas de grandes proporciones en una terminal de cargas marítima en la ciudad de Guarujá, en el litoral de Sao Paulo, que alcanzó el vecino puerto de Santos, el mayor de Brasil, hoy jueves 14 de enero de 2016. EFE/Ricardo Nogueira EFE/Ricardo Nogueira Gigante nuvem tóxica de fumaça causada por vazamento em terminal de cargas de Santos

Apenas dois auditores fiscais do trabalho são encarregados pelas vistorias de prevenção das empresas que operam no porto de Santos, o maior da América Latina, bem como das punições decorrentes do descumprimento de normas de saúde e segurança.

A situação, porém, é ainda mais grave, pois esses servidores públicos, subordinados à Gerência Regional de Trabalho de Santos, são ainda responsáveis pela fiscalização, e precisam atuar em mais dois ou três projetos diferentes do órgão.

Isso pode explicar o quanto está comprometida a qualidade do trabalho da Gerência Regional em localizar falhas de procedimentos para prevenir acidentes, como o registrado na semana passada no pátio de contêineres da Localfrio, no Guarujá, em vazamento químico de fumaça tóxica que durou quase 48 horas.

Segundo o responsável pela GRTE-Santos, Gionei Gomes da Silva, em entrevista ao jornal A Tribuna, o Porto deveria ter, no mínimo, quatro servidores dedicados exclusivamente à área de fiscalização, para ter uma ação mínima no levantamento dos problemas.

Em abril de 2015, quando houve o incêndio de grandes proporções nos tanques de combustível da Ultracargo, no bairro da Alemoa, em Santos, foi inicada uma fiscalização preventiva para verificar irregularidades na empresa, levantar os mesmos tipos de problemas em outros empreendimentos do setor, e criar uma estratégia de prevenção.

Para Tanto, foi criada uma força-tarefa que contou com o auxílio de auditores de outras regiões do Estado e de representantes do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho da Superintendência Regional do Trabalho de São Paulo (SRT/SP).

Segundo Gomes da Silva, “já estávamos desenvolvendo a fiscalização programática para o Porto e para a indústria química, mas a conclusão desse trabalho teve de ser adiada por causa da reestruturação do ministério” do Trabalho, que se fundiu ao da Previdência.

Com essas e outras, a fiscalização continua praticamente inexistente e a população fica exposta aos incêndios, explosões, vazamentos e nuvens de fumaça tóxica, sentindo na pele toda a irresponsabilidade dos burocratas instalados e protegidos no conforto de seus refrigerados gabinetes.

Com Guilherme Amaral, repórter Jovem Pan no litoral

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