Apenas duas de 12 circunscrições eleitorais abrem na rebelde Lugansk

  • Por Agencia EFE
  • 25/05/2014 10h16

Mulher "abençoa" militante separatista do grupo Vostok que vistoria uma manifestação anti-eleições na cidade de Donetsk EFE/EPA/PHOTOMIG Mulher "abençoa" militante separatista do grupo Vostok em Donetsk

Kiev, 25 mai (EFE).- Apenas duas das doze circunscrições eleitorais da região rebelde de Lugansk, no leste da Ucrânia, foram abertas neste domingo nas eleições presidenciais no país, lamentou o presidente do Comitê Eleitoral Central (CEC), Mikhail Ojendovski.

Os insurgentes pró-Rússia da região estão boicotando a votação. Em uma destas circunscrições, apenas metade dos colégios eleitorais abriu normalmente.

O chefe do Comitê Eleitoral regional de Lugansk, Alexei Svetikov, disse que o funcionamento das zonas eleitorais nestas duas circunscrições, que correspondem a quatro distritos do norte da região, só foi possível pois esta área está controlada pela Guarda Nacional da Ucrânia.

Na capital da região, quem tem 427 mil habitantes, nenhum colégio eleitoral abriu.

Na região vizinha de Donetsk, epicentro da rebelião pró-Rússia contra as autoridades de Kiev, apenas sete das 22 circunscrições funcionaram. Na capital regional, com quase um milhão de habitantes, nenhuma zona eleitoral abriu.

Mais de 33 milhões de ucranianos foram convocados para votar no novo presidente do país. Caso nenhum dos candidatos alcance 50% dos votos, haverá segundo turno em três semanas.

Segundo todas as pesquisas, o grande favorito é o magnata Petro Poroshenko, o “Rei do Chocolate”, principal patrocinador dos protestos contra o anterior governo, que poderia conseguir a vitória já no primeiro turno.

A segunda colocada nas pesquisas é a ex-primeira-ministra Yulia Tymoshenko, que tenta pela segunda vez se tornar presidente da Ucrânia, após ser derrotada em 2010 pelo agora deposto exilado na Rússia Viktor Yanukovich.

Segundo a Comissão Eleitoral Central da Ucrânia, grande parte dos cinco milhões de eleitores em Donetsk e Lugansk não poderão exercer hoje seu direito ao voto, devido ao boicote dos insurgentes russófonos. EFE

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