Apenas uma Etec segue ocupada em São Paulo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/05/2016 10h28
SP - RETOMADA ETEC ZONA OESTE/ALUNOS CONTRA OCUPAÇÃO - GERAL - Após ser ocupada durante o protesto por melhorias na merenda, a Escola Técnica (Etec) Professor Basilides de Godoy, na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo (SP), é retomada por estudantes contrários à ocupação, na madrugada desta sexta-feira (13). A Etec estava ocupada desde o dia 3 de maio. Pais, alunos e funcionários entraram na Etec para expulsar os estudantes da ocupação. Segundo os novos ocupantes, cerca de 200 pessoas, não houve confusão na retomada do prédio. 13/05/2016 - Foto: NEWTON MENEZES/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Newton Menezes/Futura Press/Estadão Conteúdo - 13/05/16 Escola Técnica (Etec) Professor Basilides de Godoy

Os estudantes que ocupavam as escolas técnicas estaduais (Etecs) deixaram quase todos os prédios até este fim de semana. Nesta segunda-feira, 16, o Centro Paula Souza, que administra os colégios, disse que só uma unidade segue tomada pelos estudantes: A Abdias do Nascimento, em Paraisópolis, zona sul da capital.

A saída das ocupações teve início na última sexta-feira, 13, depois de o governo Geraldo Alckmin (PSDB) adotar nova estratégia e realizar quatro reintegrações de posse sem mandado judicial. Quase 100 alunos, a maioria menor de idade, foram conduzidos às delegacias para prestar esclarecimentos, acusados de terem depredado as unidades.

Além disso, a principal pauta dos estudantes – a substituição da chamada “merenda seca”, com bolachas e suco, por refeição, foi atendida pelo governo estadual. Há duas semanas o governo anunciou que faria uma consulta às escolas para os alunos decidirem se queriam substituir o lanche por marmitex. A mudança passaria a valer em agosto.

Outra dificuldade dos estudantes foi enfrentar um movimento de pais e estudantes que, incentivados pela direção das unidades, eram contrários às ocupações. Na Etec Basilides de Godoy, por exemplo, a Polícia Militar acompanhou toda a ação de fora.

Até a sexta-feira, o Centro Paula Souza afirmou ter calculado prejuízo ao patrimônio de R$ 120 mil em nove das unidades desocupadas. A autarquia alega que os ocupantes danificaram mobiliário, central de telefonia, circuito de câmeras e que discos rígidos dos computadores foram furtados.

Na Etesp, primeira Etec ocupada, o órgão contabilizou “portas arrombadas, fechaduras e móveis danificados, estragos na alvenaria, encanamento e até em materiais usados pelos alunos”.

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