Apesar da instabilidade política, EUA continuarão ataques com drones no Iêmen

  • Por Agencia EFE
  • 10/02/2015 23h10
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Washington, 10 fev (EFE).- O Pentágono garantiu nesta terça-feira que continuará suas operações antiterroristas no Iêmen “unilateralmente”, apesar da queda do governo aliado de Washington em Sana e a tomada de controle por parte dos rebeldes houthis, próximos ao Irã.

O porta-voz do Pentágono, o contra-almirante John Kirby, assegurou que, apesar do caos no país com a derrocada do governo de Abdo Rabbo Mansour Hadi e a chegada ao poder dos rebelde xiitas de Abdul Malik al Houthi, as operações militares americanas no país continuarão.

“Não vou negar que fazem falta alguns ajustes (na estratégia antiterrorista). Mas, neste momento, seguimos realizando treinamentos (das forças de segurança iemenitas) e continuaremos estando capacitados, unilateralmente se for necessário, para realizar operações antiterroristas no Iêmen”, disse o porta-voz.

Segundo indicaram fontes diplomáticas no Iêmen à Agência Efe, os Estados Unidos fecharam hoje sua embaixada em Sana, embora, até o momento, não haja confirmação oficial do Departamento de Estado.

Kirby reconheceu que, devido à instabilidade política no país, “nossas capacidades em contraterrorismo se viram afetadas”, mas assegurou que os Estados Unidos têm ainda forças especiais no país árabe e mantêm contato com as forças de segurança iemenitas.

O porta-voz afirmou que os Estados Unidos conhecem as relações entre os rebeldes houthis e o regime iraniano, e lhe preocupam “os tentáculos do Irã ao longo de toda a região, especialmente aqueles que apoiam grupos que não contribuem à estabilidade regional”.

Os Estados Unidos mantinham uma grande presença militar no Iêmen e realizaram um grande número de operações com drones contra a Al Qaeda na Península Arábica, que, no entanto, foram muito criticadas pela morte de vítimas civis.

Além disso, o governo aliado do Iêmen tinha se transformado em um dos mais importantes receptores de ajuda militar de Washington e uma base de operações estratégica na luta contra o terrorismo no Oriente Médio e na África Oriental. EFE

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