Apesar de crise, empresas dos EUA demonstram disposição em investir no Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 27/05/2015 16h30
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SAO PAULO/SP-BRASIL,18/04/13 - Helio Magalhaes, presidente do citibank no jantar em homenagem a Mr. Francois Delahaye , diretor geral do Plaza Athenee.(Foto: Zanone Fraissat /MONICA BERGAMO) Zanone Fraissat/Folhapress Hélio Magalhães

Apesar de momento de crise e níveis de confiança em baixa, executivos de empresas dos Estados Unidos demonstram disposição em investir no Brasil. Em evento da Câmara Americana de Comércio em São Paulo nesta quarta-feira (27) foi discutido o panorama econômico e de negócios no país.

O presidente do grupo Citi no Brasil disse que neste panorama adverso, as empresas fizeram a lição de casa com medidas como renegociações de dívidas. Hélio Magalhães enxergou o copo meio cheio e não espera para 2016 um grande crescimento, mas também não uma grande recessão.

“Eu vejo uma situação com meio copo cheio. Não vai ser um crescimento muito grande, mas também não vai ser uma recessão como a gente está vivendo. Vimos nos últimos dois anos muita renegociação de dívida (…) Sobre o ponto de vista da empresa em si, eu acho que o dever de casa foi feito”, disse.

A Monsanto, gigante do agronegócio, investiu US$ 150 milhões no país em 2015 e aposta em planos de longo prazo. Rodrigo Mendes, presidente da empresa no Brasil, acredita que mesmo com um período desfavorável agora, ele é parte de um processo de evolução.

“A gente acredita que, tudo o que o Brasil está passando é um processo de evolução e quando você olha mais distante, as instituições muito fortes ajuda a médio e longo prazo. A agricultura é um setor que você planta para colher depois de muito tempo, por isso vamos continuar investindo muito no Brasil nos próximos anos”, ressaltou.

A General Electric vai totalizar investimentos de US$ 1,5 bilhão no Brasil entre 2011 e 2016. O presidente da GE no país, Gilberto Peralta, lembrou que a empresa está por aqui há 95 anos e ressaltou: “nós não temos crise institucional. As instituições estão todas funcionando”.

O diretor-executivo da Câmara Americana de Comércio, avaliou que ainda há um grande potencial de melhoria do panorama com a discussão dos ajustes. Gabriel Rico avaliou ainda que este é o período para que as empresas melhorem a produtividade, já que agora os resultados não virão pelo volume.

“Esse crescimento veio através do aumento do volume de vendas, mas não da melhoria da produtividade. A relação é, mais ou menos, 85% veio do crescimento das vendas e 15%, só, da produtividade. Agora não tem o crescimento do volume. Os resultados têm vindo pela melhoria da produtividade”.

O Brasil tem crescido menos do que outros países em desenvolvimento e com situação de risco semelhante. Em abril, a agência de crédito Fitch mudou a perspectiva de viés da nota de crédito brasileira de estável para negativa.

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