Apesar do reconhecimento da população, Polícia Federal tem ambiente de trabalho “deteriorado”

  • Por Jovem Pan
  • 16/11/2017 18h22
Reprodução Werneck disse ainda que aprovaram a troca do comando da PF, já que Leandro Daiello oucpava o cargo de diretor geral há um certo tempo e a corporação sempre viu com bons olhos a troca de poder

A Operação Lava Jato, maior ação contra corrupção da história do País, fez com que a Polícia Federal tenha sido aclamada por grande parte da população brasileira. Diversas prisões de pessoas da alta cúpula política e também grandes empresários enalteceram o trabalho da corporação. Apesar de sempre mostrar serviço para o povo, os policiais não estão satisfeitos com as condições que têm encontrado dentro da instituição. É o que afirmou presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal e vice-presidente da Federação Nacional dos Policiais Federais, Flávio Werneck.

Em entrevista ao programa Perguntar Não Ofende desta semana, Werneck disse que promoveu com outros policiais uma pesquisa, junto à Universidade de Brasília, para avaliar a corporação. O resultado não foi dos melhores, mas nada foi feito para mudar a situação.

“A pesquisa deu que nosso ambiente de trabalho é bem deteriorado. Nós temos tensões muito grandes, nós temos um assédio moral muito elevado e a gente precisaria trabalhar isso dentro do departamento. Isso foi encaminhado tanto para o Ministério da Justiça quanto para a direção geral…sem solução”, revelou.

“Nós temos o reconhecimento da população brasileira, de vários setores, e a contrassenso nós temos esse massacre interno e essa dificuldade de diálogo interno”, completou o presidente do sindicato.

Werneck disse ainda que aprovaram a troca do comando da PF, já que Leandro Daiello oucpava o cargo de diretor geral há um certo tempo e a corporação sempre viu com bons olhos a troca de poder. Para eles, a expectativa é que a alteração no comando possa trazer de volta o diálogo entre os policiais e a instituição.

“A gente precisava, era necessário. Internamente o desgaste pelo período e por esses pontos todos que foram citados era muito grande. Não havia mais uma ponte de diálogo onde você solicitava e a instituição via-se a cumprir, vide os relatórios da UNB, os documentos todos que encaminhamos de eventuais problemas de recursos humanos, e que não foram respondidos. (…) A esperança dos policiais federais é que seja retomado esse diálogo para que a gente diminua essa tensão interna”, afirmou.

Confira abaixo a entrevista completa de Flávio Werneck a Augusto Nunes.

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