Após 12 anos de silêncio, Andreas von Richthofen pede esclarecimentos a promotor sobre acusações contra seu pai

  • Por Jovem Pan
  • 06/03/2015 15h55
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REPRODUÇÃO/ INTERNET Suzane von Richthofen e irmãos Cravinhos assassinos do caso Richthofen

Em entrevista ao repórter Sérgio Quintella da Rádio Estadão, Andreas von Richthofen rompeu os 12 anos de silêncio desde o assassinato de seus pais e negou veementemente as acusações contra seu pai Manfred feitas pelo promotor Nadir de Campos Junior.

Em entrevista no programa SuperPop, o promotor afirmou que Manfred Albert von Richthofen mantinha contas na Europa e que a beneficiária era sua filha, Suzane. O dinheiro seria fruto de desvios nas obras do trecho Oeste do Rodoanel, realizadas pela Dersa, empresa na qual ele trabalhava.

Andreas, que tinha apenas 15 anos na época do crime, divulgou uma carta à rádio e contestou as acusações. “Se isso não se passar de boatos maliciosos e não existirem provas, que o Sr. se retrate e se calea esse respeito, para não permitir que a baixeza e crueldade deste crime manche erroneamente a reputação de pessoas que nem aqui mais estão para se defender, meus pais Manfred Albert e Marísia von Richthofen”, escreveu o rapaz.

Sobre ela ter sido uma carta “contra alguém”, Andreas disse: “a carta não é contra ninguém. Ela é endereçada ao promotor Nadir de Campos Junior, que vem se referindo constantemente à minha família e não sei se tudo o que ele fala é verdade”.

Confira abaixo a íntegra da carta:

“Prezado Dr. Nadir de Campos Jr.

É em nome do excelente trabalho do qual o Sr. participou, ao condenar a minha irmã Suzane Louise von Richthofen e aos irmãos Cristian e Daniel Cravinhos, e também de toda sua história na justiça brasileira que me sinto compelido a abordá-lo.

Escrevo-lhe esta mensagem por vias igualmente públicas às quais o Sr. se vale para comentar o caso da minha família. Entendo que sua raiva e indignação para com estes três assassinos seja imensa e muito da sociedade compartilha esse sentimento. E eu também. É nojento. Encare da perspectiva existencialista. No entanto observo que o Sr. faz diversos apontamentos referindo a um suposto esquema de corrupção, do qual meu pai, Manfred Albert von Richthofen, teria participado e cujos resultados seriam contas no exterior em enormes montantes. Gostaria que o Sr. esclarecesse essa situação: se há contas no exterior, que o Sr. apresente as provas, mostre quais são e aonde estão, pois eu também quero saber e entendo que sua posição e prestígio o capacitam plenamente para tal. Mas que se isso não passar de boatos maliciosos e não existirem provas, que o Sr. se retrate e se cale a esse respeito, para não permitir que a baixeza e crueldade deste crime manche erroneamente a reputação de pessoas que nem aqui mais estão para se defender, meus pais Manfred Albert e Marísia von Richthofen.

Respeitosamente,

Andreas Albert von Richthofen”

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