Após assassinato de piloto, Jordânia enforcará mulher-bomba da Al Qaeda

  • Por Agencia EFE
  • 03/02/2015 19h50
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Amã, 3 fev (EFE).- As autoridades jordanianas enforcarão à militante da Al Qaeda Sayida al Rishawi e outros presos acusados de terrorismo em reação ao assassinato do piloto Moaz Kasasbeh por parte do grupo jihadista Estado Islâmico (EI), confirmaram hoje à Agência Efe fontes dos serviços de segurança do país.

O EI tinha pedido a libertação de Rishawi, condenada à morte na Jordânia, em troca da libertação do jornalista japonês Kenji Goto, decapitado no último sábado, e de Kasasbeh.

No entanto, as negociações foram suspensas na quinta-feira depois que as autoridades de Amã pediram uma prova de vida de Kasasbeh como condição para libertar Rishawi. Porém, essa prova nunca foi apresentada pelos jihadistas, e a libertação não aconteceu.

As fontes não deram mais detalhes sobre a identidade dos presos que serão executados, mas entre eles pode estar Ziad al Karbuli, um ajudante do líder terrorista Abu Musab al-Zarqawi, morto em um bombardeio americano no Iraque em 2006.

Karbuli, detido em território iraquiano pelo exército jordaniano, foi condenado à morte em 2008, acusado de matar um motorista jordaniano.

O rei Abdullah II da Jordânia, que suspendeu sua viagem aos Estados Unidos depois que o EI divulgou um vídeo com Kasasbeh sendo queimado até a morte, assegurou que os “criminosos” que mataram o militar jordaniano nada têm a ver com o islã.

“O valente piloto morreu em defesa de sua crença, sua pátria e sua nação”, disse Abdullah II, que pediu a seus súditos para que se mantenham “unidos e a mostrarem a genuína natureza do povo jordaniano diante das catástrofes”.

Pouco depois de o EI divulgar o vídeo onde se mostra o assassinato de Kasasbeh, o exército jordaniano anunciou em comunicado que o piloto morreu no dia 3 de janeiro, e no qual jurava “vingança” pelo assassinato.

O principal grupo de oposição na Jordânia, a Irmandade Muçulmana, condenou o assassinato do militar e o qualificou como “crime horrível que contradiz os princípios islâmicos e os direitos dos cativos na religião islâmica”

Em Karnak, cidade natal de Kasasbeh, situada a 120 quilômetros ao sul de Amã, houve protestos contra o governo jordaniano, que foi responsabilizado pelos participantes pela morte do oficial por ter se unido à coalizão internacional contra o Estado Islâmico. EFE

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