Após Eurogrupo, começa cúpula decisiva de líderes do euro sobre a Grécia

  • Por Agência EFE
  • 12/07/2015 12h35
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EFE Grécia crise

Os chefes de Estado e de Governo da zona do euro começaram uma nova cúpula decisiva para o futuro da Grécia, após o término, sem acordo, mas com progressos, do Eurogrupo (fórum informal de ministros de Economia e Finanças), também realizado em Bruxelas.

O resultado das conversas prévias do Eurogrupo, que após dois dias de reuniões não conseguiu fechar um acordo que permita abrir as negociações para um terceiro resgate à Grécia, foi levado á mesa das negociações dos líderes.

“O Eurogrupo terminou. Passamos a tarefa à cúpula de líderes do euro”, disse o ministro das Finanças da Finlândia, Alexander Stubb, que também revelou que foram obtidos “progressos”.

Em sua chegada à cúpula da zona do euro, a poucos metros de onde se reuniram os ministros de Finanças, o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, também disse que “houve avanços”, mas que “ainda restam assuntos importantes a serem resolvidos”.

“Agora informarei aos líderes sobre como estão as negociações para que possam estudar como chegar a um acordo”, disse o holandês.

Ao término da reunião do Eurogrupo, o ministro de Finanças da Grécia, Euclidis Tsakalotos, que não se pronunciou sobre a negociação nos dois dias em que acontece em Bruxelas, foi até o Conselho Europeu para se juntar à delegação liderada pelo primeiro-ministro Alexis Tsipras.

“Haverá um acordo esta noite se todas as partes quiserem”, disse Tsipras ao chegar à cúpula.

O presidente da França, François Hollande, afirmou que seu país “fará todo o possível” para evitar que a Grécia fique fora da zona do euro e pediu aos demais países que, ao tomarem a decisão, avaliem o interesse comum da Europa.

“A França vai fazer todo o possível para que a Grécia fique na zona do euro e também para (que haja um acordo) que favoreça a Europa”, declarou Hollande.

Já a chanceler da Alemanha, Ángela Merkel, chamou a atenção sobre a “perda de confiança” na zona do euro e disse que “não haverá um acordo a qualquer preço”.

O primeiro-ministro da Holanda, Mark ++Rutte++ não descartou que haja um “Grexit” (saída da Grécia da zona do euro) “se no final não houver um acordo para negociar o terceiro programa de resgate” e insistiu que “só se poderá chegar a um terceiro programa se os gregos garantirem que farão as reformas necessárias para se manterem por si mesmos”.

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, reconheceu que a situação é “complicada”, mas destacou que a distância entre as duas partes em relação ao ponto de partida “diminuiu”.

“É importante encontrar um acordo. A Itália vai a fazer todo o possível para isso. Não podemos ficar sem a confiança dos cidadãos”, afirmou Renzi. 

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