Após fim do prazo da ONU, Síria insiste que destruirá armas químicas

  • Por Agencia EFE
  • 05/02/2014 15h42
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Damasco, 5 fev (EFE).- O vice-ministro sírio de Relações Exteriores, Faiçal Miqdad, afirmou que seu país está determinado a cumprir o acordo para desmantelar seu arsenal químico, apesar de ter expirado nesta quarta-feira o prazo para que todas as armas deste tipo em mãos do regime saiam do território sírio.

Em declarações aos jornalistas, Miqdad ressaltou que “a Síria avança com determinação, força e credibilidade rumo à aplicação total dos acordos assinados com a ONU e a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ)”, segundo a agência de notícias oficial “Sana”.

O ministro reiterou que as dificuldades pelas quais a Síria passa, “no marco da guerra contra o terrorismo, podem obstruir a implementação de alguns compromissos” e ressaltou que os países que apoiam os terroristas deveriam perceber que comentem crimes contra a humanidade.

Miqdad fez estas declarações após a assinatura hoje em Damasco de um convênio sobre o status legal da missão conjunta da ONU e da OPAQ, encarregada do desmantelamento do arsenal químico do governo sírio.

O documento foi assinado pelo embaixador permanente da Síria perante a ONU, Bashar al Jaafari, e os representantes da ONU, Abdullah Fadel, e da OPAQ, Julian Tangaere.

Também, rubricaram um memorando de entendimento para a evacuação e a prestação de serviços médicos aos membros da missão da ONU e da OPAQ em caso de emergência.

Segundo o calendário original, todas as substâncias químicas em poder do regime sírio, exceto o isopropanol, deveriam ter saído do território sírio até o dia de hoje para que fossem neutralizadas na primeira metade de 2014.

Calcula-se que seriam mais de mil toneladas de produtos químicos, entre eles agentes altamente tóxicos como o gás sarin e o gás mostarda.

O ministro das Relações Exteriores francês, Laurent Fabius, disse ontem em entrevista à emissora “France Info” que apenas 5% das armas químicas tinha saído da Síria.

Em entrevista ontem à noite à televisão oficial, Miqdad responsabilizou “terroristas” pelo atraso na destruição de suas armas químicas, por terem dificultado seu transporte à costa para levá-las fora do território nacional. EFE

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