Após interrogatórios, atirador de trem francês é apresentado a juiz em Paris

  • Por Agencia EFE
  • 25/08/2015 14h18
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Paris, 25 ago (EFE).- O atirador do trem Thalys que fazia o percurso entre Amsterdã e Paris na sexta-feira passada, Ayoub El Khazzani, compareceu nesta tarde ao Palácio de Justiça de Paris após os interrogatórios policiais para ser apresentado a um juiz encarregado do caso.

O procurador de Paris, François Molins, convocou uma entrevista coletiva para esta tarde para informar sobre as investigações realizadas durante os quatro dias em que o suposto terrorista foi interrogado após ser detido em Arras. Os policiais não têm dúvidas sobre as motivações terroristas do jovem marroquino.

Um dos elementos que contribuiu para essa convicção é que pouco antes de subir ao trem na estação de Midi, em Bruxelas, El Khazzani usou um dos dois celulares que carregava para acessar um site fundamentalista, segundo revelou a emissora “France Info”.

O agressor assistiu um vídeo de cantos jihadistas após comprar o bilhete e antes de subir ao trem quatro horas mais tarde.

El Khazzani, em suas primeiras declarações, afirmou que seu objetivo era cometer um assalto no Thalys “para comer”, segundo relatou a advogada que o defendeu, Sophie David.

De acordo com sua versão, as armas que carregava tinham sido encontradas em uma mala abandonada em um jardim próximo à estação de Bruxelas.

O fato é que o suspeito foi flagrado com um fuzil Kalashnikov com nove carregadores repletos de munição, uma pistola automática e um líquido inflamável.

Nas últimas horas também foi confirmado que El Khazzani viveu na França pelo menos durante dois meses em 2014. Entre os dias 3 de fevereiro e 3 de abril, ele trabalhou na operadora de telecomunicações Lycamobile em Seine-Saint-Denis, perto de Paris.

O porta-voz do governo, Stéphane Le Foll, reconheceu que essa estadia não havia sido detectada apesar dos serviços secretos franceses terem fichado El Khazzani a partir das informações recebidas da Espanha, que o apontavam como islamita radical com possibilidades de ir à França. EFE

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