Após morte de sobrinho, Carolina Herrera pede o fim da ditadura “comunista” na Venezuela

  • Por Agência EFE
  • 13/05/2017 15h26
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CRISTIANA PENA/ AGNEWS Carolina Herrera é flagrada passeando pelo Shopping Fashion Mall

A renomada estilista venezuelana Carolina Herrera pediu neste sábado respeito aos resultados eleitorais na Venezuela, bem como o fim da ditadura “comunista”, justo quando seu país completa um mês e meio de protestos opositores contra o governo presidido por Nicolás Maduro.

“Os resultados eleitorais devem ser respeitados. A ditadura comunista deve acabar”, disse em uma mensagem no Instagram a estilista radicada em Nova York há vários anos, que em poucas ocasiões se referiu à situação de seu país.

Os protestos começaram depois que o Tribunal Supremo, acusado de servir ao presidente, assumiu as funções da Assembleia Nacional (parlamento), o único poder controlado pela oposição depois de uma contundente vitória dos opositores sobre o governo Maduro.

Os comentários de Carolina Herrera são uma reação à morte de seu sobrinho, Reinaldo Herrrera, cujo corpo foi encontrado junto ao de seu sócio em uma estrada da capital venezuelana, depois que ambos foram supostamente sequestrados, de acordo com a versão do Ministério Público do país sul-americano.

“Nossa única esperança é que o trágico assassinato de nosso jovem sobrinho, Reinaldo, e de seu colega Fabrizio, sirvam para mitigar o terrível massacre e os assassinatos que são cometidos contra nossa juventude na Venezuela”, disse Carolina Herrera, que agradeceu o carinho de seus seguidores.

Reinaldo Herrera, de 34 anos, foi encontrado morto em uma estrada que liga Caracas com a cidade da Guaira, no litoral, ao lado de um colega depois de um suposto sequestro.

O jovem arquiteto foi encontrado morto junto a outro empresário identificado como Fabrizio Mendoza, de 31 anos. O Ministério Público da Venezuela presume que os dois teriam sido sequestrados antes de serem mortos.

De acordo com as informações preliminares, aproximadamente às 19h locais da quinta-feira, moradores de um bairro popular do município Libertador, na região metropolitana de Caracas, reportaram a funcionários da Guarda Nacional Bolivariana (GNB) que “dois cadáveres estavam dentro de uma caminhonete da marca Toyota, modelo Hilux, de cor branca”.

A Venezuela tem uma das taxas de homicídio mais altas da região, com um registro de 70 homicídios para cada 100 mil habitantes durante 2016, o que representa também o índice mais alto da história do país. 

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