Após novas sanções da UE, governo sírio acusa bloco de apoiar “terroristas”

  • Por Agencia EFE
  • 24/06/2014 17h54
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Damasco, 24 jun (EFE).- O governo da Síria acusou a União Europeia (UE) nesta terça-feira de apoiar os “terroristas”, após o bloco ampliar ontem as sanções contra pessoas vinculadas ao regime de Damasco com a inclusão de 12 ministros em sua lista de penalizados.

“Enquanto mantém seu apoio aos terroristas, a UE derrama lágrimas de crocodilo sobre as violações de direitos humanos”, denunciou o Ministério das Relações Exteriores sírio em comunicado divulgado pela TV oficial.

A chancelaria também destacou que a decisão de ampliar as sanções coincide com a expansão do “terrorismo” do grupo jihadista Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) e da Frente al-Nusra, organização vinculada à Al Qaeda.

Na opinião do ministério, isto reafirma o apoio da UE as duas organizações, que “cometem crimes atrozes contra cidadãos sírios inocentes”.

A chancelaria advertiu que o apoio aos “terroristas” constitui uma grave ameaça à segurança e à estabilidade da região e de todo o mundo, e transforma a UE em cúmplice de uma “guerra suja contra a Síria”.

O Executivo de Damasco considerou também que as sanções representam “uma violação flagrante da lei internacional e demonstram a hipocrisia das políticas europeias”.

“Essas medidas são uma resposta desesperada e patética às grandes conquistas do povo sírio, que realizou eleições presidenciais que demonstraram a determinação de derrotar o terrorismo e de fazer frente a todas as pressões”, afirmou o ministério.

Ontem, a UE ampliou as sanções contra pessoas vinculadas ao regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, com a inclusão de 12 ministros considerados responsáveis pela repressão durante o conflito no país.

As medidas incluem o congelamento de bens e a proibição de viajar para o território da UE.

Deste modo, o número de pessoas sancionadas por algum tipo de relação com o conflito sírio aumenta para 191. Os embargos afetam ainda 53 entidades, como o Banco Central da Síria, e significam o congelamento de ativos na União Europeia. EFE

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