Após paralisação de obras, Haddad defende ciclovias e diz como vai recorrer de decisão judicial
No Dia Mundial Sem Carro
No Dia Mundial Sem CarroO prefeito Fernando Haddad admitiu que a prefeitura não fez estudos sobre o impacto das ciclovias no trânsito.
Nesta sexta-feira (20), Haddad disse que não havia a necessidade de explicar a medida porque a maioria das faixas foi instalada sobre áreas que serviam de estacionamento ou no canteiro central.
Falando a jornalistas, o prefeito disse que a intenção das ciclovias não é suprimir as faixas de rolamento e disse que na verdade as faixas exclusivas para bicicletas são boas para o trânsito.
“É uma diretriz anunciada o ano passado de não suprimir faixas de rolamento, justamente para não ter que fazer estudos de impacto viário do trânsito”, afirmou Haddad. “Quando você suprime vaga de estacionamento, o trânsito melhora, porque, evitando a baliza, você acaba melhorando o trânsito, e o canteiro central não tem impacto nenhum”.
“É isso que nós vamos levar à consideração do juiz: que estudo de impacto no trânsito é quando tem supressão de faixa de rolamento (…). Quando não é o caso, não faz sentido a pergunta”, considerou o prefeito.
O prefeito afirmou ser “sensata” a decisão do juiz. Ele elogiou o fato do magistrado ter considerado um equívoco a ciclovia ser vista uma obra de engenharia, o que exigiria uma licitação específica para sua instalação.
A Justiça determinou nesta quinta-feira (19) a paralisação das obras de todas as novas ciclovias na cidade de São Paulo.
A construção da ciclovia na Avenida Paulista, no entanto, foi mantida porque a justiça entendeu que ela aparenta ter sido melhor planejada.
Se a Prefeitura descumprir a ordem, terá de pagar multa diária de R$ 10 mil.
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