Após polêmica, comitê do Congresso solicita e-mails de Hillary Clinton

Washington, 4 mar (EFE).- Um comitê do Congresso dos Estados Unidos solicitou nesta quarta-feira à ex-secretária de Estado, Hillary Clinton, que entregue alguns dos e-mails que enviou de sua conta pessoal para tratar assuntos oficiais enquanto ocupava o cargo.

O comitê da câmara que investiga os ataques terroristas de 2012 em Benghazi, na Líbia, pediu nesta quarta-feira que a ex-secretária entregue “todas as comunicações” relacionadas com este caso.

Em um breve comunicado, o comitê indicou, além disso, que enviou uma carta às empresas de internet para informá-las sobre sua “obrigação legal de proteger todos os documentos relevantes”.

“Vamos utilizar todo recurso legal a nossa disposição”, disse o congressista Trey Gowdy, republicano da Carolina do Sul e membro do comitê especial, durante uma entrevista à emissora “CNN”.

O jornal “The New York Times” revelou na segunda-feira que a possível candidata presidencial do Partido Democrata para 2016 usou um e-mail pessoal para suas comunicações como funcionária durante seus quatro anos no Departamento de Estado e nem sequer tinha uma conta oficial.

A porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf, negou nesta quarta-feira que a ex-secretária de Estado utilizasse “várias contas” de e-mail, esclarecendo que usava apenas uma.

Harf assegurou que a existência desta conta tornou-se pública em março de 2013 e não foi descoberta pelo comitê durante a investigação. “Não era algo proibido então, não é algo proibido agora”, comentou.

Por sua parte, a Casa Branca não considerou que Hillary Clinton tenha descumprido suas obrigações como funcionária com o uso de seu e-mail particular quando era secretária de Estado.

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, assinalou que, em termos gerais, o comportamento de Clinton “esteve de acordo com os requerimentos da lei de registros federais”.

O jornal “The Washington Post” revelou que o domínio clintonemail.com foi registrado no mesmo dia de 2009 no qual começou a audiência de confirmação no Senado para seu posto de chefe da diplomacia americana.

Segundo meios de comunicação americanos, Hillary Clinton teve um servidor de internet privado em sua casa para abrigar esse domínio durante os quatro anos que esteve à frente do Departamento de Estado. EFE