Após reportes de ataques a civis, EUA bombardeiam novamente norte do Iraque

  • Por Agencia EFE
  • 15/08/2014 20h41

Washington, 15 ago (EFE).- As forças militares americanas bombardearam novas posições dos jihadistas do grupo terrorista Estado Islâmico (EI) no norte do Iraque nesta sexta-feira, após receber informações por parte das forças curdas que estes estavam atacando à população civil na aldeia de Kawju.

Conforme informou o Comando Central (CENTCOM) em comunicado, após ser notificados sobre os ataques aos civis nesse município, situado ao sul da cidade de Sinjar, a aviação americana identificou e seguiu um veículo armado do EI. Às 14h10 GMT (11h10, em Brasília), a aviação americana bombardeou e destruiu dois veículos na zona.

O suposto ataque aos civis aconteceu apenas um dia depois de os Estados Unidos anunciarem que os bombardeios de suas forças aéreas tinham acabado com o cerco que os terroristas estavam exercendo sobre as minorias no Curdistão.

Após avaliar as conclusões de uma equipe de civis e militares americanos sobre as condições no monte Sinjar, onde milhares de civis permaneciam escondidos pelos avanços do EI no norte do Iraque, o presidente americano, Barack Obama, afirmou nesta quinta-feira que não planeja organizar uma missão de resgate dos deslocados na montanha. Funcionários curdos no Iraque questionaram a avaliação americana por considerar que o número de deslocados nas montanhas ainda é superior aos cinco mil e lembram que o monte Sinjar tem 64 quilômetros de extensão, por isso é difícil encontrar todos os refugiados.

Os Estados Unidos começaram a executar bombardeios seletivos há uma semana na região após o avanço de EI no norte do país e a tomada de várias cidades por parte dos jihadistas. Além disso, também empreenderam operações de lançamento de mantimentos para abastecer às minorias assediadas nas montanhas, uma medida à qual também se uniram os governos da França e do Reino Unido.

Mesmo assim, o governo americano advertiu que compete aos iraquianos fazer acusação da situação através da criação de um novo governo de unidade, cujo primeiro passo se materializou esta semana com a nomeação do já primeiro-ministro Haider al Abadi, em substituição a Nouri al-Maliki. EFE

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